Na manhã de quarta-feira, 24, representantes da Associação dos Municípios do Litoral do Paraná (Amlipa) e do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Litoral do Paraná (Cislipa) se reuniram por videoconferência para discutir a situação atual quanto à Covid-19 nos municípios litorâneos e as medidas que podem ser tomadas.
Cada município apresentou sua realidade e todos entraram em consenso quanto à criação de um documento que será entregue por meio da 1.ª Regional de Saúde ao secretário de Estado da Saúde, Beto Preto. O documento reforça que as medidas contidas no Decreto Estadual como o Toque de Recolher, por exemplo, serão mantidas, contudo algumas ações individuais também poderão ser tomadas, conforme as características de cada cidade. Os gestores solicitarão, ainda, maior atenção para a região, bem como o aumento de leitos e a contratação de mais profissionais de saúde.
“O ofício assinado por todos os prefeitos reforça essa necessidade de abertura de mais leitos e contratação de profissionais ao Hospital Regional do Litoral, pois ele atende as sete cidades litorâneas e está com sua ocupação máxima. Sabemos que novos 15 leitos foram abertos, mas acreditamos na possibilidade de abrir ainda mais. No documento, cada município apresentará suas dificuldades quanto à pandemia”, detalha o prefeito de Paranaguá Marcelo Roque, que também é o presidente da Amlipa.
Além dos atendimentos voltados à Covid-19, o Hospital Regional do Litoral recebe pessoas vítimas de acidentes, infartados, entre outras situações de saúde diárias que já ocorriam antes da pandemia. “O Toque de Recolher auxilia também para diminuir o número de acidentes de trânsito. Há estudos que mostram que ocorreu redução no número de acidentes e isso auxilia em desafogar o hospital”, observa.
Guaraqueçaba, Antonina, Morretes e Paranaguá continuam em uma situação estável de casos. Paranaguá, por exemplo, está com o número de confirmados em fevereiro abaixo dos registrados em janeiro. Foram 3.114 confirmações no primeiro mês do ano e 1.254 em fevereiro. Houve redução no número de óbitos no comparativo dos dois meses: 34 e 8, respectivamente.
Marcelo Roque alerta que independentemente desses dados, não é possível relaxar as medidas preventivas. Apenas em janeiro, em Paranaguá, foram mais de 300 intervenções relacionadas à pandemia e permanecem mantidas as fiscalizações por meio do município e ações integradas com órgãos estaduais, Guarda Civil Municipal (GCM), secretarias municipais de Saúde, Meio Ambiente, Urbanismo e Segurança coibindo as aglomerações. A participação da população também é fundamental com denúncias de festas clandestinas e locais com aglomerações e podem ser feitas pelos números 153 da GCM e 190 da Polícia Militar.
Já Matinhos, Guaratuba e Pontal do Paraná sofreram aumento no número de casos, uma situação já esperada com a chegada do verão e a vinda de um número maior de pessoas para essas regiões por se tratarem de municípios praianos. Matinhos decretou lockdown por 14 dias, enquanto Guaratuba e Pontal do Paraná optaram por reforçar e ampliar as ações que já ocorrem nesses municípios.
Fonte: SECOM / Prefeitura de Paranaguá
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