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Infraestrutura

TCP registra a marca de 1 milhão de TEUs movimentados em 2021

Movimentação é a soma dos 11 primeiros meses do ano e foi impulsionada, principalmente, por investimentos em infraestrutura e exportação de cargas refrigeradas.

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A TCP – empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, realizou na tarde de terça-feira, 30, uma cerimônia para registrar a marca de 1 milhão de TEUs movimentados, até o momento, em 2021. Pela primeira vez em sua história, a empresa ultrapassou a marca de 1 milhão de TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) movimentados em um ano.

A marca histórica é a soma da movimentação realizada entre os meses de janeiro a novembro e foi impulsionada, principalmente, pelos investimentos realizados em infraestrutura e pela exportação de cargas refrigeradas, que faz do Terminal a maior porta de saída de carnes congeladas do Brasil.

Do total de cargas movimentadas nos onze primeiros meses do ano, 57,52% corresponderam à exportação, com destaque para carnes e congelados, e 42,48% à importação, destacando-se bens de consumo e eletroeletrônicos. No período, a ferrovia movimentou 115.310 TEUs.

Durante a cerimônia, o presidente da TCP, Tony Shi, enfatizou a importância de receber a comunidade para celebrar a conquista. “Estou muito feliz por receber toda a comunidade, e ter o apoio da Portos do Paraná, da Capitania dos Portos, Antaq, Receita Federal, Praticagem e nada disso teria acontecido se não fosse o apoio de todos. Temos uma meta agressiva para que em 2023 a empresa se torne uma referência na América do Sul, e para que até 2025 a empresa se torne um terminal de padrão internacional. Isso requer investimento, desenvolvimento em tecnologia, em estrutura física, não só na capacidade de movimentação mas também na qualidade de movimentação, respeitando todos os padrões de segurança, o aprimoramento contínuo. Estou muito feliz e é uma grande honra poder dividir essa conquista que é uma divisor de águas para Paranaguá, colocando a TCP em um circuito internacional de terminais de 1 milhão de TEUs, uma referência muito importante”, enfatizou Tony Shi.

A tradução da fala do Sr. Tony Shi foi realizada pelo Thomas Lima, diretor Comercial e Institucional do Terminal.

A expectativa da empresa é fechar o ano de 2021 com aproximadamente 1,09 milhão de TEUs operados, o que representará um crescimento de 11,75% em relação ao ano de 2020.

“Apesar de a crise global dos contêineres que atingiu todos os principais portos do mundo, a TCP está aumentando a capacidade de movimentação, investindo em pessoas e equipamentos. Também viabilizamos mais rotas marítimas em Paranaguá, oferecendo opções competitivas para importadores e exportadores”, explica Thomas Lima, diretor Comercial e Institucional do Terminal.

Na comparação ano contra ano, o segmento de bens de capital foi o que mais cresceu. O crescimento foi de 94% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Na importação, destacam-se os produtos e artigos feitos de borracha, com crescimento de 86%.

“A marca de 1 milhão de TEUs é resultado de um trabalho sério, feito por uma equipe comprometida com resultados e entregas, e é também reflexo do bom relacionamento do Terminal com as Autoridades Marítimas Portuárias. É uma conquista dedicada à comunidade de Paranaguá que acredita e apoia o nosso trabalho”, enfatiza.

O diretor presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, enfatizou a importância da marca alcançada. “Esta marca de 1 milhão de TEUs alcançada hoje nos coloca em um patamar de uma classe mundial diferente. O Porto de Paranaguá é mais um dos poucos portos a atingirem essa marca movimentada. O que gera uma tensão internacional de investidores, gera uma atenção de clientes enxergando Paranaguá como uma opção. Temos Santos e Santa Catarina, mas Paranaguá também passa a ser reconhecido com essa marca, o que nos traz uma credibilidade e talvez geração de novos investimentos, mais negócios, gerando por consequência renda e emprego para todo mundo aqui do nosso litoral”, destacou Garcia.

O Capitão dos Portos do Paraná, André Luiz Morais de Vasconcelos, Capitão de Mar e Guerra, também falou da importância da marca alcançada pelo terminal. “Esta é uma marca importante não só para a TCP, mas com certeza também para o Paraná e para o Brasil. Esse trabalho está sendo realizado dentro de todos os padrões de segurança, e isso a Marinha preza bastante. A gente vem trabalhando com todos os terminais portuários, para que se mantenham esses números, em que pese a pandemia, e estes números significativos que estão sendo alcançados quem ganha é o Brasil, é o Estado do Paraná, pois gera mais arrecadação e mais empregos. Então a Marinha do Brasil sente-se muito gratificada em participar desta singela cerimônia, mas que é muito significativa para todos nós”, enfatizou Vasconcelos.

Para André Pioli, diretor de Desenvolvimento Empresarial da Portos do Paraná, a marca conquistada pela TCP é um incentivo ao desenvolvimento das empresas locais. “É isso que está acontecendo no Porto de Paranaguá. O incentivo faz com que os terminais movimentem mais, gerem mais empregos, o que resulta em melhorias da qualidade de vida de toda a população. Isso é muito expressivo”, destaca Pioli.

O gerente executivo de Marketing e Logística da TCP, Mateus Campagnaro, enfatizou que quebrar a marca é relevante para qualquer terminal do mundo. “No Brasil temos apenas poucos terminais que bateram este número, então para a gente é um motivo de grande orgulho, porque no mundo dos terminais é literalmente passar para uma nova etapa, estar em um novo patamar. Para cada um deste TEUs, tem uma história, uma dificuldade, um desafio que foram batidos principalmente neste período de pandemia, que impactou nos negócios, dificuldade de mão-de-obra, isolamento social, e mesmo em um ano muito difícil conquistar essa marcar para gente é um grande orgulho”, destacou o gerente. 

Soluções durante crise de contêineres

Apesar da crise mundial de falta de navios e contêineres, a TCP teve resultados expressivos, chegando a movimentar mais de 100 mil TEUs em um único mês, em setembro de 2021, graças a projetos inovadores e soluções pensadas cliente a cliente.

Thomas Lima explica que a crise se deve à mudança nos padrões de consumo e à demanda reprimida causada pela pandemia. “O problema foi agravado por eventos como o bloqueio do canal de Suez. Isso gerou uma procura desequilibrada por contêineres, além de aumentar a ocupação dos portos e navios. Com a crise, ficou mais difícil a reserva de contêineres vazios e o frete marítimo teve seus valores aumentados expressivamente”.

No transporte de contêineres da China até o Brasil, o aumento do preço do frete foi de quase cinco vezes em relação à tarifa média cobrada normalmente. Em janeiro de 2021, por exemplo, esse valor chegou a cerca de R$50 mil por contêiner de 40 pés.

O executivo da TCP explica que os principais impactos para os terminais de contêineres dizem respeito à capacidade de receber novas cargas. “A grande demanda reprimida chegou forte e de uma única vez, colapsando os menores. Os operadores portuários precisaram se reinventar para atender o mercado”, explica.

De acordo com o executivo da TCP foi possível absorver a movimentação gerada sem entrar em colapso graças à expansão concluída em 2019, além do moderno parque de equipamentos. As obras permitiram ao Terminal movimentar até 2,5 milhões de TEUs anualmente, contando com cais de 1.099 metros e quase 500 mil m² de área para contêineres.

“Além da capacidade logística, fizemos parcerias com armadores, parceiros logísticos e órgãos intervenientes para minimizar os impactos para os exportadores e importadores. Com um portfólio de serviços que é único no país, aumentamos a versatilidade logística e geramos economia em toda a cadeia”.

Entre as soluções inovadoras oferecidas pela TCP, estão armazéns alfandegados, bases intermodais no interior e a ferrovia, onde a empresa é líder nacional em movimentação no modal. Outro exemplo é o embarque de produtos diretamente nos porões dos navios, uma alternativa que tem sido ofertada para mercados como o florestal. Com essa opção, o exportador tem mais uma opção durante uma situação de escassez de contêineres”, finaliza.

Com informações da TCP

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