Infraestrutura
Portos do Paraná registrou movimentação superior a 65 milhões de toneladas em 2023
Número é o maior já alcançado na história
A Portos do Paraná realizou na tarde de quinta-feira, 8, a apresentação do novo recorde de movimentações nos portos paranaenses em 2023. O evento foi realizado no berço 218, no cais do Porto de Paranaguá. Em 2023, a empresa pública registrou 65.393.256 milhões de toneladas movimentadas. O número é o maior já alcançado na história. O recorde anterior foi de 58.399.284 milhões de toneladas movimentadas em 2022.
O secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, enfatizou a importância da Portos do Paraná conseguir alcançar uma meta histórica, que era aguardada somente em 2040.
“Esse é um compromisso com a eficiência diária e é uma honra chegarmos nesse número que a nossa equipe de planejamento esperava apenas para 2040. São centenas de trabalhadores para termos esse número de 65 milhões de toneladas, estamos falando de 174 mil toneladas por dia, 7.400 toneladas por hora, 123 toneladas por minuto e 2 toneladas por segundo”, disse Sandro Alex.
Este ano já foi iniciado com 20% acima do recorde do ano passado.
“Com planejamento, alcançaremos muito mais. Estaremos agora resgatando um erro do passado, ajustando o modal rodoviário que a partir do dia 28 teremos o início de uma operação que vai culminar na ampliação da capacidade, incluindo os sete primeiros quilômetros da Ayrton Senna e Bento, onde o porto estava praticamente isolado da concessão”, afirmou o secretário.
Para o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, a inteligência logística, os ajustes operacionais, além das adequações em tempo de manobras de caminhões e trens, fizeram com que a empresa pública alcançasse recordes tão elevados.
“Mais uma vez a Portos do Paraná está na vanguarda. Estudos de mercado apontavam este volume de 65 milhões para 2040, então superamos em 17 anos essa estimativa. Isso tudo sem grandes mudanças na nossa infraestrutura, que serão iniciadas agora em 2024. Este recorde se deve a inteligência logística e ajustes operacionais. Não à toa somos o único porto do país reconhecido por quatro anos consecutivos com a melhor gestão”, enfatizou Garcia.
O diretor empresarial da Portos do Paraná, André Pioli, destacou que os valores obtidos revertem em áreas prioritárias para o município.
“Muita renda vai para o município, que investe em saúde, educação, qualidade de vida da população. É esse o momento de união especial que faz com que a cidade de Paranaguá e os portos de Paranaguá e Antonina consigam movimentar essa grande quantidade de mercadorias, que foi o recorde que batemos. É a união entre as empresas, os sindicatos, os trabalhadores da Portos do Paraná e todo o complexo portuário faz com que alcancemos esse número impactante e tão significativo para a cidade”, afirmou Pioli.
O prefeito de Paranaguá, Marcelo Roque, falou sobre o crescimento da cidade junto ao porto, demonstrando o trabalho realizado em prol do desenvolvimento.
“A cidade vem crescendo muito em conjunto com o porto e, para nós, é uma felicidade imensa, juntamente com o governador Ratinho Júnior e a diretoria do porto, para chegar nesse dia tão importante de bater recordes, tudo isso acompanhado de muito trabalho de pessoas que estão por trás, nossos trabalhadores, as empresas. Temos uma arrecadação que depende do porto e assim conseguimos investir em saúde, educação, segurança e de tudo que uma cidade precisa, em trabalho com o Governo do Estado, com o porto e com o secretário Sandro Alex que olha muito para o litoral”, declarou o prefeito.
O coordenador regional do Litoral do Paraná, Arnaldo Maranhão, disse que os números mostram a união de esforços.
“Do empresariado, dos trabalhadores portuários avulsos, das empresas, de um governador aberto ao diálogo, de um presidente do porto que é especialista no ramo. Paranaguá tem tudo para dar certo. São números extraordinários, recordes exclusivos, é o melhor porto do Brasil, não tenho dúvida nenhuma”, enfatizou Maranhão.
Terminais
O gerente geral da Atexp (Associação dos Terminais do Corredor de Exportação de Paranaguá), Juliano Mickus, esteve presente no evento para também comemorar os índices obtidos nos portos paranaenses.
“Com muito trabalho, comprometimento e planejamento, com times capacitados, parcerias de qualidade e principalmente, trabalhando na unidade, pensando no coletivo, chegamos esse ano que passou em um número de 22 milhões de toneladas exportadas, falando de soja, farelo e milho. Temos uma grande parceria com a Portos do Paraná e estamos alinhados para que, em 2024, consigamos entregar novos resultados e fazer novos números importantes”, disse Juliano.
Movimento Pró-Paraná
O presidente do Movimento Pró-Paraná, Marcos Domakoski, comentou sobre os esforços para melhorar a infraestrutura no Estado do Paraná, algo que passa pela movimentação dos portos.
“Em conversa com o porto há tempos atrás, nos trouxeram a preocupação com a derrocagem da Pedra da Palangana. Nós elaboramos uma nota técnica sobre como isso seria feito, com toda a precaução e tecnologia em engenharia existente hoje para mitigar qualquer prejuízo ambiental mais danoso. Essa nota elaborada pelo movimento Pró-Paraná em parceria com o Instituto de Engenharia serviu para a decisão favorável à derrocagem da Palangana. É mais uma conquista para o Estado com um porto bem gerido e com o apoio da sociedade civil para continuar avançando cada vez mais”, destacou Marcos.
O prefeito de Antonina, José Paulo Vieira Azim, lembrou da importância da atividade portuária para os municípios e ressaltou o respeito ao meio ambiente.
“O porto tem um papel mais do que relevante nas vidas das nossas comunidades. Para nós é muito importante que isso seja sempre bem cuidado. Fico feliz de ver o nosso porto batendo recordes em Paranaguá e Antonina e, ao mesmo tempo, ganhando selos de sustentabilidade, porque essa é uma constante dentro da nossa civilização, a atividade humana está condicionada para o respeito ao meio ambiente”, disse José Paulo.
Expectativa para 2024
A expectativa para o ano de 2024 é um crescimento ainda maior. Para suprir esta demanda, será construído o Moegão, obra orçada em R$ 592 milhões, e que consiste na implantação de um sistema exclusivo de descarga ferroviária de grãos e farelos. A ordem de serviço para o início da obra já foi assinada e após sua conclusão o ganho será de 63% na capacidade de desembarque de cargas.
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