Infraestrutura

Governo apoia setor avícola para gerar empregos e desenvolvimento

Estado quer ampliar a quantidade de granjas nos municípios (Foto: Rodrigo Felix Leal)

O governador Carlos Massa Ratinho Júnior se reuniu na terça-feira, 1.º, com a nova diretoria do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), eleita na semana passada, e disse que o Estado tem interesse em ampliar a quantidade de granjas nos pequenos municípios para gerar mais empregos e desenvolvimento, além de fortalecer a cadeia com acesso a crédito, nova infraestrutura e energia elétrica sem interrupções. A comitiva foi liderada pelo novo presidente da entidade, Irineo da Costa Rodrigues, que é diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial.

“É um setor fundamental para o Estado e temos muito interesse em ampliar a produção, em receber novos investimentos. É uma cadeia que gera milhares de empregos”, afirmou Ratinho Júnior.

“Queremos ajudar na instalação de novas plantas e no acesso ao crédito”, acrescentou o governador, ressaltando, ainda, os investimentos em infraestrutura para apoiar a produção do Estado. “Estamos trabalhando na infraestrutura com o Paraná Trifásico, um programa que vai implementar 25 mil quilômetros de redes mais seguras no campo, o novo corredor de exportação ferroviário do Oeste e R$ 100 milhões para aplicar em melhorias nas estradas rurais”, afirmou.

Ratinho Júnior destacou o programa Descomplica Rural, criado para acelerar o licenciamento de novos empreendimentos do campo, os novos investimentos planejados no Porto de Paranaguá para ajudar a exportação dos produtos congelados, e o status sanitário alcançado junto ao Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária com o fim da vacinação da febre aftosa.

“Somos parceiros do agronegócio. É uma vocação do Estado. A produção de alimentos terá papel fundamental na economia do futuro e precisamos de uma cadeia cada vez mais forte em todos os segmentos”, acrescentou o governador.

Recorde

O Paraná responde por 36% da produção nacional com mais de 20 mil granjas de frango de corte, e em 2019 atingiu recorde de abates de aves, com 1,87 bilhão de cabeças. O Estado é o principal exportador de carne de frango do Brasil, responsável por 40% do mercado. Em 2019, o Paraná enviou 1,58 milhão de toneladas ao exterior e os principais compradores foram China (290 mil toneladas), África do Sul (139 mil ton.) e Arábia Saudita (127,56 mil ton.), gerando receita de US$ 2,56 bilhões, 37,23% do total obtido pelo Brasil. O Paraná exporta carne de frango para mais de 160 países.

Os abatedouros avícolas reúnem mais de 69 mil postos de trabalho direto no Paraná e há estimativa de geração de pelo menos 15 empregos indiretos a partir disso, do campo ao transporte e ao supermercado. A avicultura de corte representa 20% do Valor Bruto da Produção (VBP) do Paraná. A produção está concentrada em três regiões: Oeste (35,4%), Norte (20,4%) e Sudoeste (19,3%).

De acordo com Irineo Rodrigues, a nova direção do Sindiavipar, que tem mandato de três anos, tem a intenção de dar continuidade ao trabalho que já vinha sendo desenvolvido no setor. Ele disse que os indicadores da avicultura apontam que o consumo brasileiro de carne de frango deve chegar a 50 quilos per capita por ano no Brasil em breve, além de ser uma proteína sem restrição religiosa.

“O Paraná é o maior produtor e maior exportador de frango do País. O setor tem condições de crescer e precisa do apoio do Estado em infraestrutura. A avicultura representa um quinto da riqueza do agronegócio, 20% do Valor Bruto de Produção”, afirmou o presidente do Sindiavipar.

“É uma atividade com uma cadeia complexa e que gera inúmeros empregos indiretos. Onde tem avicultura, mesmo sem abatedouro, há IDH elevado porque a geração de riqueza é muito grande”.

Pandemia

A diretoria do Sindiavipar também agradeceu os esforços das secretarias de Saúde e Agricultura e Abastecimento na manutenção da operação dos frigoríficos e na orientação dos cuidados sanitários durante a pandemia provocada pelo novo Coronavírus. Desde março, o setor produtivo e o Estado mantêm reuniões virtuais periódicas para discutir controle de contágio e a resposta à Covid-19 sem interromper as atividades da cadeia, da granja ao Porto de Paranaguá.

Fonte: AEN

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