O diretor financeiro executivo de Itaipu, André Pepitone, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Prado, e o vice-presidente de Regulação da Eletrobras, Rodrigo Limp, visitaram nesta quarta-feira, 8, as obras da revitalização do Sistema de Transmissão em Corrente Contínua de Alta Tensão (HVDC, na sigla em inglês), na Subestação de Foz do Iguaçu (PR).
Operando há 40 anos, o HVDC está passando por uma atualização, com investimentos de Itaipu da ordem de R$ 2 bilhões, com o objetivo de modernizar e otimizar a infraestrutura de transmissão de energia elétrica, sem nenhum custo para o consumidor.
A agenda ocorreu simultaneamente à visita técnica na Usina pelo diretor da (EPE), Carlos Cabral, o presidente da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Alexandre Ramos, a vice-presidente do Conselho de Administração da CCCE, Gerusa de Souza Magalhães, e o conselheiro da CCCE, Ricardo Takemitsu Simabuku.
Eles estavam acompanhados pelo técnico aposentado de Itaipu José Pereira do Nascimento, responsável pelo acionamento da primeira máquina da usina, a Unidade 1, que deu início ao processo ininterrupto de produção de energia da Itaipu, desde 5 de maio de 1984.
O grupo, também recepcionado pelo diretor financeiro da usina, se dirigiu à hidrelétrica depois de assistir ao filme institucional, enquanto Pepitone, o vice-presidente de Regulação da Eletrobras e o presidente da EPE foram à subestação da Eletrobras, para conhecer as etapas e o avanço das obras, que começaram em janeiro de 2023.
No local, o diretor de Produção Sudeste da Eletrobras, Francisco Arteiro, e equipes técnicas deram as boas-vindas aos visitantes e fizeram uma apresentação sobre os ganhos trazidos pela modernização do sistema para o setor elétrico.
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Antecipação
A entrega da primeira etapa ocorreu em 13 de dezembro do ano passado, quando o Conversor 4 do Bipolo 1 do sistema voltou a operar. Ele estava fora de operação desde 2023. A previsão é que seu retorno à operação ocorreria em janeiro de 2025, mas foi antecipado por ser considerado prioritário dentro do cronograma de execução do projeto.
A revitalização não trará aumento na capacidade de transmissão, mas vai proporcionar maior confiabilidade e implantará recursos operacionais dos quais o sistema não dispõe atualmente. O diretor financeiro de Itaipu, André Pepitone, destaca que as obras, importantes “para agregar segurança ao abastecimento eletroenergético do Sistema Interligado Nacional, não impactam na tarifa do consumidor brasileiro, considerando que o recurso do investimento é proveniente da Itaipu Binacional”.
O vice-presidente de Regulação da Eletrobras, Rodrigo Limp, afirma que a parceria com Itaipu “permite que essa obra aconteça sem custo para o consumidor, contribuindo também para a redução das tarifas de energia. É, ao mesmo tempo, uma combinação de aumento de segurança energética e de redução de custos adicionais para o consumidor”.

Convênio com a Itaipu
O convênio firmado entre a Itaipu e a Eletrobras contempla a substituição completa dos principais componentes do Bipolo 1, nas subestações de Foz do Iguaçu e Ibiúna (SP), além dos sistemas de supervisão, proteção e controle dos Bipolos 1 e 2. A conclusão da revitalização está prevista para 2026, mas haverá ainda uma operação assistida, de 2027 a 2029.
Esta será a primeira reforma de grande porte desse sistema, que começou a operar há 40 anos e conecta Itaipu com os principais centros consumidores do país. Ibiúna, por sinal, está a menos de 100 km da cidade de São Paulo e é uma estação estratégica para o Sistema Interligado Nacional (SIN), por suas interligações com as regiões Sudeste e Sul. Pelo HVDC, já passaram 1,3 bilhão de MWh (megawatts-hora), ou seja, 43% dos mais de 3 bilhões de MWh produzidos pela Itaipu desde 1984, quando a usina começou a produzir energia.
Os recursos da Itaipu aplicados na revitalização do sistema HVDC, por meio de convênio com a Eletrobras, têm por finalidade contribuir para a modicidade tarifária dos consumidores brasileiros, na medida em que evita que os investimentos realizados sejam repassados na tarifa de transmissão de energia elétrica paga por esses consumidores.
Fonte: Itaipu