Esportes

Ultramaratonista paranaense fica em 7.º lugar geral no Rio do Rastro Marathon

Com raízes em Paranaguá, Luciana da Rocha participa da prova desde 2019

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Luciana foi da seleção brasileira de ultramaratona de 100 km

Cercada por matas e cachoeiras, a Serra do Rio do Rastro, no Estado de Santa Catarina, foi palco de uma maratona icônica nos dias 17 e 18 de maio. A Rio do Rastro Marathon Caixa 2025 reuniu atletas de diversas partes do País e, entre eles, estava a ultramaratonista paranaense, Luciana Beatriz Freitas da Rocha, que morou em Paranaguá e hoje reside em Curitiba.

A edição deste ano bateu recorde histórico de inscritos, com a participação de dois mil atletas. Luciana conquistou o 7.º lugar geral e o 2.º lugar na categoria 40 a 49 anos.

“Tirando as adversidades e os obstáculos que eu tive nessa prova, eu me sinto muito orgulhosa pelo feito. Eu fiz a prova em 4h19, foi difícil. Lutei muito depois dos 32 km. Já estava cansada, mas mesmo assim a gente dá o 101%. Olho para o troféu e vejo o quanto foi difícil conquistar”, contou a atleta.

Ela relatou que começou a participar da prova em 2019, correndo 25 km. “As condições climáticas lá interferem muito na performance do atleta. A serra muda de repente. Às vezes está calor, faz frio, chove, vem serração. A prova em si estava sendo bem administrada por mim até o quilômetro 32, com sol, tinha um pouco de serração e estava 19 graus. No quilômetro 32 começou a ter rajadas de vento. Esse ano foi a vez do vento, que foi o maior adversário para os atletas”, disse Luciana.

A Serra tem um ganho de 1.420 metros. “A gente tem que começar a administrar, ter mais técnica de corrida. Porque quando você faz um esforço e quer correr para frente e o vento dá uma rajada contra, complica para todo atleta”, afirmou Luciana.

Preparação para o Rio do Rastro Marathon

A atleta realizou seus treinos na Serra da Graciosa. “Eu fui para a Graciosa de janeiro até agora, fazendo a planilha de treinamentos com o meu treinador Felipe Costa da Silva. Começamos a fazer uma periodização para essa prova. Nesse ano, foi totalmente diferente da prova do ano passado, mesmo sendo o mesmo percurso e mesma altimetria”, comentou Luciana.

Rio do Rastro Marathon
“Neste ano, foi totalmente diferente da prova do ano passado, mesmo sendo o mesmo percurso e mesma altimetria”, comentou Luciana

Recuperação

Como fisioterapeuta, ela sabe da importância de cuidar da recuperação após uma prova como essa. “Depois de uma maratona, e essa que é a mais difícil do Brasil, a gente tem que se atentar ao pós-prova, que é uma alimentação adequada, tomar bastante água, se hidratar, fazer as liberações miofasciais que todo esportista deveria fazer. Eu sou fisioterapeuta, cuido muito do meu pós-prova, porque é ali que eu vou garantir que não tenha nenhuma lesão futura por tanto esforço que eu fiz”, contou Luciana.

A ultramaratonista tem um histórico de conquistas na sua trajetória. “Só agradeço a Deus por me permitir fazer tantas provas e provas difíceis. Eu sou ultramaratonista, fui da seleção brasileira de ultramaratona de 100 km e participei em 2022 do Mundial em Berlim, na Alemanha. Tem todo um histórico de conquistas, aprendizados e a corrida mudou a minha vida. Ela é transformadora”, concluiu Luciana.

O próximo desafio já tem data marcada. Ela irá participar do evento “A Muralha Up and Down Marathon” – edição especial de 10 anos, no dia 17 de agosto, no Estado do Rio de Janeiro.

Fotos: Arquivo pessoal

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Gabriela Perecin

Jornalista graduada pela Fema (Fundação Educacional do Município de Assis/SP), desde 2010. Possui especialização em Comunicação Organizacional pela PUC-PR. Atuou com Assessoria de Comunicação no terceiro setor e em jornal impresso e on-line. Interessada em desenvolver reportagens nas áreas de educação, saúde, meio ambiente, inclusão, turismo e outros. Tem como foco o jornalismo humanizado.