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Com raízes em Paranaguá, atleta se classifica para a Seleção Brasileira de Ultramaratona

"Foco precisa estar sempre presente, muita vontade de treinar, vencer dia após dia com disciplina, determinação e concentração", afirma Luciana Beatriz Freitas da Rocha (Foto: Divulgação)

Com raízes em Paranaguá, atleta se classifica para a Seleção Brasileira de Ultramaratona

Com raízes em Paranaguá, atleta se classifica para a Seleção Brasileira de Ultramaratona

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Luciana Beatriz venceu a Ultramaratona de Indaiatuba (SP) em novembro e obteve índice para ingressar na elite da modalidade

No dia 28 de novembro, a ultramaratonista paranaense Luciana Beatriz Freitas da Rocha, nascida em Curitiba e criada em Paranaguá, venceu a Ultramaratona de Indaiatuba – SP, realizada no Parque do Mirim, e obteve índice que a classificou para ingressar na Seleção Brasileira de Ultramaratona. A atleta obteve o tempo de 9h28m42s e foi campeã da modalidade dos 100 quilômetros. Em entrevista à Folha do Litoral News, Luciana destacou sua proximidade com Paranaguá e o litoral, a rotina intensa de treinamentos com adaptações durante a pandemia junto à equipe F3 Assessoria Esportiva e o seu treinador, Felipe Costa da Silva, bem como a sensação única de adentrar na elite da modalidade.

Com 43 anos, Luciana destacou que sua primeira ultramaratona foi entre Morretes e Guaraqueçaba em um trecho de 52 quilômetros, prova disputada em 2017. “Nasci e moro em Curitiba, mas meus familiares moram em Paranaguá. Minha criação até os 18 anos foi em Paranaguá e meus pais residem na cidade até hoje. Fui para a capital aos 18 anos para fazer faculdade de Fisioterapia na Universidade Tuiuti”, salienta.

Segundo ela, no ano de 2020, em fevereiro, ainda antes da pandemia, ela já havia feito uma ultramaratona de 100 quilômetros que foi seletiva para ingressar na seleção nacional, entretanto, mesmo ela sendo campeã da prova, seu tempo não foi suficiente para a classificar para a elite brasileira da modalidade. “Meu tempo foi 10h14 e o índice é 9h30”, detalha. 

Pandemia e adaptações

A atleta ressalta que a pandemia demandou dela e de sua equipe um esforço ainda maior com várias adaptações. “Continuei treinando e me reinventando. Treinava dando voltas na churrasqueira do meu prédio para não perder condicionamento e treinos funcionais. Sou fisioterapeuta, então tenho um certo conhecimento sobre exercício funcionais”, detalha. 

Para o treinamento da prova de Indaiatuba, a atleta ressaltou o trabalho de seu treinador Felipe Costa da Silva, que também é ultramaratonista. “Ele é de Tubarão (SC) e me passava as planilhas on-line. Fiz o ciclo de treinamento completo. No fim de semana, eram os treinamentos longos de 40km, 50km, 60km, 70km, e assim sucessivamente. Para esses treinos eu me deslocava para o Guatupê perto da BR-277 com apoio dos amigos que me acompanhavam na bike e fazia o treino por lá ou na pista de atletismo do parque São José em São José dos Pinhais” detalha.

Vitória

“A minha família é a minha base. Meus pais são meus maiores incentivadores e me ajudam muito na minha carreira como atleta”, reforça a atleta (Foto: Divulgação)

“A sensação de vencer uma prova é indescritível. É engraçado que todo o sofrimento dos treinos passa de repente e eu só pensei na satisfação de ter acreditado na minha vitória. O sonho de todo atleta é ingressar na seleção, independente da sua modalidade. Representar o seu País em uma competição deve ser mágico, surreal. Imagina vestir a amarelinha?”, acrescenta, destacando a sua satisfação com os resultados obtidos após muito esforço.

Segundo ela, as provas de ultramaratona são difíceis, sendo que os fatores climáticos também influenciam no dia do evento. “O foco precisa estar sempre presente, muita vontade de treinar, vencer dia após dia com disciplina, determinação e concentração. É necessário ter boa alimentação e dormir bem, o descanso também faz parte do treinamento”, detalha. 

Família e treinador

De acordo com Luciana, o seu treinador é também um exemplo e os familiares são a base de tudo. “Ele faz todos os treinos sem reclamar, explica a importância dos ritmos nos treinamentos. Cada treino tem um objetivo e preciso sempre obedecer às orientações para ter um bom resultado”, explica. “A minha família é a minha base. Meus pais são meus maiores incentivadores e me ajudam muito na minha carreira como atleta”, reforça.

Além de todo o relato de treinos, da prova e do seu foco, Luciana ressaltou a importância da atividade física para todas as pessoas, sendo que é sempre necessário dar o primeiro passo para ter uma melhor qualidade de vida. “O meu recado para quem quiser fazer uma ultramaratona é: tenham paciência, disciplina, determinação e foco. As conquistas vêm com o tempo. Eu corro há 8 anos. A corrida mudou meu estilo de vida e sou muito grata, pois se eu tenho uma saúde exemplar é graças ao esporte”, finaliza.

Com carreira solo e sem patrocinador, Luciana destaca que está aberta a parcerias e apoiadores. Para entrar em contato com a atleta esses são os contatos: (41) 99889-3083 (WhatsApp e telefone) e o Instagram @lu_runner.

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