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Entrevista

Secretária relata esforços para a regionalização do turismo em Paranaguá

Maria Ângela Plahtyn Torres assumiu a pasta em janeiro deste ano

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A secretária de Cultura e Turismo de Paranaguá, Maria Ângela Plahtyn Torres, bióloga e mestre em ecologia e gestão ambiental, assumiu a pasta em janeiro deste ano. A frente da secretaria, ela destacou os projetos que estão em andamento e as novidades para divulgar a cidade como um destino turístico atrativo. Uma das ferramentas que tem contribuído para isso é o portal Minha Paranaguá, que concentra todas as informações para facilitar a viagem e instigar os visitantes. A secretária também falou sobre a aproximação com a rede hoteleira, a restauração de prédios históricos e o turismo ecológico que tem crescido na região nas comunidades tradicionais. Confira:

Folha do Litoral News: A Secultur agora tem um portal que concentra todas as informações turísticas para os visitantes. De que forma isso tem contribuído para o setor na cidade?

Maria: Temos trabalhado na regionalização do turismo, temos duas grandes vertentes na cultura e no turismo. Na cultura falamos muito sobre a democratização e no turismo sobre a regionalização, temos uma área litorânea com cidades de perfis diferentes. Paranaguá não tem praia e a nossa exploração é a questão cultural, religioso, temos um mercado turístico forte durante a semana que é o empresarial, pessoas que vem durante a semana para trabalhar, mas são turistas e um mercado a ser explorado. O portal é uma plataforma para que os agentes turísticos possam expor os seus produtos. Hoje, quando se faz uma busca no Google sobre a cidade, o primeiro que aparece é o Minha Paranaguá. Quem estiver procurando pela cidade vai encontrar o portal, onde todo o trade alimenta com informações, sobre restaurantes, passeios de barco, contatos etc. Para a rede hoteleira funcionar até como um sistema interno, o pessoal na Ilha do Mel, que está muito engajado no site, tem usado para preencher ocupação de leitos. Quando colocamos na plataforma uma reserva, automaticamente já alimenta outras plataformas como booking e trivago. Estamos fazendo uma busca ativa para que o trade possa participar e entrar na plataforma mais ativamente.

Folha do Litoral News: Como tem sido a aproximação com a rede hoteleira?

Maria: Estamos tentando uma relação mais próxima com todos os agentes da área turística para que engajem e para que a gente possa de forma colaborativa promover o destino Paranaguá. Alguns agentes ainda tem uma resistência, que estão acomodados na questão empresarial e não foca mais no turista ocasional, mas outros estavam ansiosos para que isso acontecesse. Eles já viram benefícios pelos instrumentos que estão dentro da gestão do prefeito Marcelo Roque, pois antes carecia muito de infraestrutura, planejamento, era algo que estava muito vago. Trabalhamos muito essa questão nos últimos anos e temos agora também uma van preparada para ser um receptivo turístico para participar de ações, um suporte móvel para promoção do destino e riqueza natural da cidade.

Folha do Litoral News: Como estão as restaurações de espaços históricos e turísticos em Paranaguá?

Maria: Temos a Casa Elfrida Lobo que está em obra neste mês, será uma casa para o ensino da música e também é uma referência turística porque faz parte do nosso patrimônio histórico. Ficará muito bonita e será um espaço a ser visitado. Temos o Palácio Visconde de Nácar, que está em processo de elaboração de projeto, com previsão de finalizar em junho e já podemos licitar a obra. É uma obra com custo muito alto, temos a possibilidade de apoio do Governo do Estado que está envolvido no projeto junto com a Unespar com a expertise do curso de Museologia. Será um museu de história, algo que Paranaguá é carente.

Folha do Litoral News: O turismo ecológico tem crescido nas comunidades marítimas em Paranaguá?

Maria: Sabemos que a Ilha do Mel é um destino certo, precisamos ainda pontuar algumas questões relacionadas à fiscalização, temos visitantes que aportam na Ilha do Mel, não deixam gastos e deixam sujeira. É uma operação clandestina, não regular, e estamos em conjunto com o IAT tentar barrar essas entradas como a caixa de som também, que não é permitida. Nessa retomada do turismo tivemos um aumento na procura por essas regiões, é um novo perfil do turista. Estamos trabalhando junto com a Secretaria de Serviços Urbanos para que a gente possa ter uma linha contínua de acesso de barco para as comunidades ribeirinhas. Teremos a Trilha Caiçara Mário Roque, que acontece no dia 29 de maio, que será da prainha de Ponta do Ubá até Piaçaguera, são 14km para vivência da trilha caiçara. Hoje, as comunidades já se preparam para receber os turistas para almoçar, pescar, temos divulgado o destino junto com as entidades de pesca, da canoagem, tudo isso tem influenciado muito no aumento do fluxo nas comunidades e a intenção é que isso aconteça de forma sustentável nas comunidades tradicionais. 

Folha do Litoral News: De que forma o destino Paranaguá tem sido divulgado pela secretaria?

Maria: Precisamos trabalhar em conjunto com os outros municípios, levando Paranaguá a feiras, expondo a cidade para fora. Temos participado da feira em Foz do Iguaçu e vemos o retorno que isso traz, por isso estamos ampliando essas participações junto com a Paraná Turismo. Temos a perspectiva também de promover os nossos eventos, assim que possível. Temos que trabalhar em coletividade junto com a iniciativa privada para fazer acontecer.

Folha do Litoral News: Como a cultura contribui para o turismo?

Maria: A cultura trabalha tanto a questão de ter um patrimônio a oferecer, um produto turístico, como na questão da identidade do povo. Quando promovemos a cultura local, deixamos o povo apaixonado pelo que tem e quando o turista vem vendem a cidade de uma forma diferente. O fortalecimento da cultura caiçara e regional, em todas as suas manifestações, também traz o benefício para o turismo por ter uma população orgulhosa e vendedora do destino.

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