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Entrevista

Diretor Superintendente da Unimed ressalta cuidados com o Covid-19

Dr. José Michel Gantus esclarece dúvidas sobre o novo Coronavírus

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Depois de casos de CODIV-19 – Coronavírus confirmados no Brasil e no Paraná, nas últimas semanas, uma série de informações estão sendo divulgadas para esclarecer a população quanto à doença. Mas também estão circulando, através da Internet, informações falsas sobre a doença e de medicamentos que prometem combater o vírus, criando as Fake News. Por isso, a Folha do Litoral News reuniu algumas perguntas comuns para esclarecimento e conversou com o superintendente da Unimed Paranaguá, Dr. José Michel Gantus, que esclarece dúvidas sobre a COVID-19, os seus principais sintomas, os cuidados para reduzir o risco de infecção e das recomendação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que além da emissão da RN 453, na qual descreve as regras para solicitação do exame diagnóstico, emitiu recomendação para que todos os procedimentos não urgentes (eletivos) sejam adiados, para liberar os leitos e recursos do sistema de saúde para fazer frente a este enorme desafio que será enfrentado  nos próximos meses. Dr. Michel Gantus também fala como se deve proceder quando estiver com os sintomas do COVID-19. Confira a entrevista: 

Folha do Litoral News: O que pode nos falar sobre o novo Coronavírus?

Dr. Gantus: No Brasil, estamos no início de uma epidemia de consequências ainda desconhecidas, mas que certamente trará profundo impacto na vida de todos os brasileiros.

A doença COVID-19, causada pelo novo Coronavírus, conhecido com SARS-COV-2, iniciou na China e alastrou-se por todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar um quadro de pandemia.

Folha do Litoral News: Quais os principais sintomas da COVID-19?

Dr. Gantus: Os principais sintomas são muito parecidos, na maior parte dos casos, a um quadro gripal leve com coriza, dor de garganta, tosse, dores musculares e com boa evolução. Em menor número de casos, os sintomas são mais intensos com febre alta e dispneia (falta de ar) podendo se agravar e levar à morte, principalmente em caso de idosos e portadores de doenças crônicas.

Folha do Litoral News: Quais os cuidados para reduzir o risco de infecção por Coronavírus?

Dr. Gantus: Esta infecção viral se transmite principalmente através de gotículas eliminadas ao tossir ou espirrar ou por contato das mãos com objetos ou pessoas contaminadas como em apertos de mãos, abraços, manuseio de objetos de uso coletivo como telefones, teclado de computadores e caixas eletrônicos, maçanetas de portas, estrutura interna de ônibus, etc. Por isso para evitarmos o contágio devemos praticar o distanciamento social e etiqueta respiratória, evitando contato físico com outras pessoas, não participando de atividades em que exista aglomeração como shows, eventos religiosos e esportivos, fazer limpeza repetida dos objetos de uso mais frequente com álcool 70%, lavagem repetida das mãos com água e sabão e passar álcool em gel nas mãos várias vezes ao dia. Também é importante não tocar os olhos, boca e nariz sem antes higienizar devidamente as mãos. Lembrar de ao tossir, colocar o antebraço ou dobra do cotovelo em frente à boca ou usar lenço de papel para obstruir a saída das gotículas para o ambiente. Muito importante é proteger os mais idosos que devem evitar sair às ruas e permanecer em seus domicílios.

Folha do Litoral News: Existe pela Unimed Paranaguá um protocolo para utilização racional dos recursos (como leitos, respiradores, equipamentos de proteção individual (EPIs), e também voltado para médicos, enfermeiros e demais funcionários)?

Dr. Gantus: Dependendo do estágio clínico da doença existem diferentes protocolos a serem implementados, por exemplo, pacientes com sinais de insuficiência respiratória como baixa saturação de oxigênio, taquipnéia (respiração rápida), cianose, acidose (diminuição do ph sanguíneo), são indicativos de necessidade de internação de urgência. O uso de EPIs pela equipe de médicos e enfermagem é obrigatório, visto o alto grau de transmissibilidade desta doença. É importante que os médicos utilizem os recursos existentes de forma racional e cuidadosa, visto o grande número de pessoas que provavelmente serão atingidos pelo vírus. Como exemplo, podemos citar a escassez de insumos necessários para a realização do teste para detecção do vírus, RT-PCR, que estão em falta em várias partes do País, devendo portanto ser solicitados de forma criteriosa para evitar desperdícios e que venham a faltar para os casos mais graves.

Folha do Litoral News: Quais são as recomendação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)?

Dr. Gantus: Além da emissão da RN 453, na qual descreve as regras para solicitação do exame diagnóstico, a ANS emitiu recomendação para que todos os procedimentos não urgentes (eletivos) como cirurgias, consultas e exames não urgentes sejam adiados, para liberar os leitos e recursos do sistema de saúde para fazer frente a este enorme desafio que iremos enfrentar nos próximos meses.

Folha do Litoral News: Quais as orientações o senhor passa aos seus associados e como  devem proceder quando estiver com os sintomas?

Dr. Gantus: Caso o associado esteja com sintomas sugestivos da doença, ele deve proceder como todos os outros doentes, ou seja: em casos leves, sem dispneia, ele deve deixar de comparecer ao trabalho, isolar-se em casa para evitar disseminar a doença, procurar consultar com seu médico de confiança, podendo para isso usar a  rede disponível da Unimed ou se preferir, pode procurar uma Unidade Básica de Saúde que é um direito de todo cidadão brasileiro. Caso a doença se apresente com quadro de maior gravidade com febre alta e dispneia, ele deverá se dirigir a um serviço de urgência hospitalar para o atendimento adequado.

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