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De Olho nas Eleições

“Quero votar para contribuir com a mudança do País”, diz estudante

TSE quebrou recordes de emissão de novos títulos este ano

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Muitas pessoas ainda se lembram como foi votar pela primeira vez. Trata-se do momento quando os jovens eleitores assumem a responsabilidade de colaborar com os rumos do lugar que vivem. Apesar do voto ser facultativo para jovens de 16 a 18 anos, há cidadãos que entendem a importância do processo democrático e não deixam de exercer o seu direito. 

Neste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quebrou recordes de emissão de novos títulos eleitorais para jovens de 16 a 18 anos. Nos primeiros quatro meses do ano, o aumento foi de 47,2% em relação a 2018 em todo o País. Com isso, a juventude brasileira declarou sua vontade de fazer parte da escolha dos seus representantes.

Por meio do voto, eles podem ajudar a transformar a realidade que os rodeia, os destinos dos Estados e dos municípios onde vivem, exercendo a cidadania. Mas por que o interesse dos jovens pela política aumentou? A aluna do 9.º ano na Escola Estadual Cívico Militar Faria Sobrinho, Maria Júlia Correa Figueira, de 16 anos, tirou o título pela primeira vez e contou o que a motivou.

“Não foi por influência da família ou da escola, mas por mim mesmo. Sempre via minha mãe e minha tia contar das eleições e também queria sentir essa emoção de votar. Sempre assisti aos jornais e eu decidi tirar o título porque via que elas votavam com confiança. Pela minha idade não é obrigatório, mas eu quero votar para contribuir com a mudança do País”, destacou a estudante.

A escola onde Maria Júlia estuda participa do Projeto Parlamento Jovem, promovido pela Escola Judiciária Eleitoral do Paraná em parceria com os cartórios eleitorais e com as Câmaras Municipais. Neste ano, os alunos tiveram uma votação com urnas eletrônicas e elegeram os chamados vereadores mirins. “Isso me motivou a entender mais sobre as eleições”, afirmou a estudante.

Escolha dos candidatos

Segundo ela, a escolha dos candidatos se dá após observar o dia a dia da população e pesquisar sobre as propostas. “Eu escolhi meu candidato por achar que tem o pulso firme e falar o que pensa. Muita coisa precisa mudar no País, os preços dos alimentos estão muito altos. Tem muitos políticos que mentem e eu não gosto de mentira. Essa parte da alimentação das pessoas está muito ruim e tem gente que não tem dinheiro e passa fome”, disse Maria Júlia. “Quando vejo que algum candidato possa estar falando a verdade eu pesquiso mais a fundo para ver como  é seu histórico na política”, completou.

Para ela, a participação da juventude nas eleições é necessária. “Os jovens pesquisam muito a fundo, às vezes mais do que os adultos, porque sabemos que o voto pode ser errado ou não. Os adultos entendem mais pelo tempo que já votaram, mas os jovens tentam participar mais para aprender e para, futuramente, se quiserem se candidatar saber como funciona o processo eleitoral”, analisou a estudante.

Entre as demandas da população, Maria Júlia observa que o acesso à saúde é fundamental. “Muitas pessoas não têm acesso a hospitais. No colégio tem gente que mora na Colônia, muito longe da cidade, uma outra realidade, e se alguém passa mal, lá não tem hospital. É preciso achar uma forma da saúde chegar na casa das famílias para ver se estão bem, se precisam de alguma coisa”, frisou.

Ainda com relação à saúde da população, a estudante acredita que é preciso que todos tenham as mesmas condições para tratar de doenças. “Muitas vezes, precisam de remédios e não têm. Minha tia tem diabetes e tem que comprar um remédio de 300 reais. Por isso, as pessoas com diabetes que não têm como comprar precisam da ajuda do governo, assim como para tantas outras doenças”, salientou Maria Júlia.

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