Há mais de 30 dias sem aulas no campus da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), em razão da ocupação do prédio acadêmico por cerca de 15 manifestantes, a instituição segue sem prazo para o retorno às atividades normais. Com isso, os alunos que têm o interesse em estudar seguem na expectativa de poder regressar ao local e voltar a concluir o ano letivo, o qual inicialmente estava previsto para terminar em fevereiro de 2017.
Sem aulas no campus, o diretor Cleverson Molinari Mello informou que não há como prever quais serão os dias das formaturas das classes que estão no último ano dos cursos acadêmicos, situação que deverá se agravar em caso de não desocupação por parte do movimento intitulado Ocupa Paraná. “Tivemos uma reunião com as lideranças do movimento que ocupa a Unespar e os integrantes nos disseram que não estão inclinados a deixar o campus sem que antes as pautas propostas para a desocupação sejam atendidas”, declarou.
Entre as reivindicações está a PEC do teto dos gastos, a qual os 15 manifestantes são contra, e as mudanças propostas para o Ensino Médio. O movimento também pede providências a respeito das obras estruturais no campus, as quais o diretor da instituição disse que vai buscar soluções junto ao Governo do Estado. Já nos dois primeiros casos, o diretor lembra que elas (as reivindicações) fogem completamente da alçada local, o que impede que se dê garantias aos manifestantes de que elas serão atendidas ou debatidas entre as lideranças do movimento e os governos envolvidos.
Ao todo, segundo a direção da instituição, cerca de 1.600 estudantes estão sem aulas com a permanência da ocupação do prédio acadêmico. Por fim, o diretor disse compreender os reclames dos alunos manifestantes, mas afirmou torcer por uma solução que seja a mais prudente para a garantia dos estudos de todos.