Educação

Tecnologia e apoio especializado garantem inclusão de alunos cegos

Atualmente são 330 estudantes atendidos

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Mesmo sem as aulas presenciais, a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte dá continuidade à oferta do atendimento educacional especializado aos estudantes cegos e de baixa visão. Atualmente, são 330 estudantes atendidos nas Salas de Recursos Multifuncionais (SRM), sob a supervisão de 203 professores especialistas, que se organizaram e seguem dando orientações e apoio pedagógico durante a pandemia.

O ambiente das SRMs permite que os alunos acompanhem as videoaulas dos anos e séries respectivos com a audiodescrição de fórmulas, figuras e gravuras sempre que necessário, dando as mesmas condições de participação com igualdade e oportunidade dos demais estudantes. Os professores também gravam áudios complementares, possibilitando a acessibilidade aos estudantes cegos e de baixa visão.

O secretário da Educação, Renato Feder, ressalta a importância das SRMs, que, além dos alunos de baixa visão, têm desempenhado papel fundamental para alunos surdos também. “Temos feito todo o possível para atender a todos independente das condições específicas. A tecnologia é nossa aliada também para garantir acessibilidade”, frisa o secretário.

Exemplo do Oeste

Pela TV, no entanto, uma parte do conteúdo é mais difícil de ser entendida e o papel do docente faz toda a diferença, como no caso da professora de Matemática Nerlei Dallabrida de Castilha, do Colégio Estadual Tancredo de Almeida Neves, uma das escolas cívico-militares do Estado, em Foz do Iguaçu.

Nerlei desenvolveu uma abordagem especial para ensinar cálculo e geometria espacial ao aluno Lucas da Silva Leite, de 15 anos, do 2.º ano do Ensino Médio. Acompanhando o desempenho com a mãe Adriana, Nerlei observou que Lucas estava com dificuldade de absorver o conteúdo da disciplina via áudio-livro e escutando o Aula Paraná.

“É mais difícil para ele associar os conceitos com termos teóricos apenas ouvindo. Então acabei encontrando e adquirindo materiais de isopor e acessíveis como cone, esfera, cilindro, cubo, prisma, pirâmide e outros para que ele possa tatear os objetos e identificar sobre o que está aprendendo”, explica.

Com o auxílio de uma fita métrica, que foi cortada para Lucas também memorizar tamanhos distintos, ele tateia os objetos e identifica vértices, arestas, bases, suas diferentes formas (circular, triangular, quadrangular) e outros elementos para poder fazer os cálculos.

Fonte: AEN

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