O ano de 2018, ainda em seu início, pode ser marcante para as famílias parnanguaras em diversos sentidos da vida. No entanto, para alguns pais este ano sempre será lembrado como um ano especial na vida dos filhos ainda na infância. Isso porque foi neste mês de fevereiro que as crianças ingressaram na vida escolar e começaram a desfrutar dos conhecimentos repassados dentro da sala de aula junto aos professores e “coleguinhas” de turma.
Esse é o caso da pequena Olívia Camargo Mattar Leister. Aos dois anos e um mês, Olívia começou a frequentar o Colégio Diocesano Leão XIII. Segundo a mãe, Genevière Freitas de Camargo Leister, que atua como terapeuta ocupacional, desde que finalizou a licença maternidade, Olívia ficava com a babá todas as tardes. No entanto, a mãe via na menina a necessidade de vivenciar novas experiências ao lado de outras crianças. “Como trabalho fora, a Olívia ficava em casa com a babá todas as tardes. Esse período foi essencial nessa transição de bebê para criança, porém acredito que já estava na hora de explorar novas situações, tendo uma rotina mais dinâmica e sociável próxima a outras crianças”, afirma Genevière.
Juliana foi para a escola ao completar cinco anos
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Agora, com a filha vivenciando novas experiências ao lado de crianças da mesma idade, a terapeuta ocupacional espera desse primeiro ano escolar muito crescimento e desenvolvimento na vida de Olívia. “Como também trabalho em escola, vejo claramente que este é o primeiro lugar onde a criança percebe que há um mundo fora do seu núcleo familiar, começando ali a criação de laços, trabalhando o respeito e a tolerância”, diz Genevière.
“É onde ela amplia os seus conhecimentos ao ter contato com o diferente, justamente isso que espero para a minha filha, um ano que ela possa internalizar de modo lúdico alguns valores que estamos repassando para ela em casa”, finaliza.
Essa também é a expectativa da psicóloga Cláudia Boizan Fontes, mãe do Davi Luís Boizan Fontes, de dois anos e quatro meses. Assim como Olívia, Davi ingressou em 2018 no seu primeiro ano escolar. Os primeiros dias de aula foram selados por um misto de sensações, conforme conta Cláudia. “Os primeiros dias foram compostos por um misto de sentimentos. Primeiro de vermos que o nosso menino está crescendo, e que a partir de agora, inicia uma fase de maior desenvolvimento e independência”, diz a psicóloga.
Livia e Davi participando de atividades dentro da sala de aula
Aprendendo a lidar com a sensação do filho sendo mais independente, Cláudia, assim como muitas mães que vivenciam esta mesma fase, espera estar contribuindo para que o filho obtenha, através da educação, um futuro com muitas oportunidades. “Pelo fato de trabalhar fora de casa havia a necessidade de um local adequado para que ele pudesse ter atividades mais direcionadas para a aprendizagem, que estimulassem a socialização ao conhecer crianças da mesma idade”, conta a mãe, ressaltando que desde que foi à escola, Davi apresenta sinais de boa adaptação junto às professoras e colegas de turma.
SENTIMENTO DE CULPA
Culpa. Esse foi o sentimento descrito pela nutricionista Priscilla Cecy Simas, mãe de Lívia Cecy Simas, de dois anos e cinco meses, ao deixar a filha em seu primeiro dia de aula. “Eu e meu esposo nos sentimos culpados nos primeiros dias, pois parecia que estávamos abandonando ela lá na escola”, conta Priscilla.“Mas por outro lado, tínhamos consciência de que a escola que escolhemos para colocá-la é um lugar seguro, pois eu mesma estudei no Colégio Leão XIII por oito anos”, completa, ressaltando que a tranquilidade veio quando Lívia pediu para voltar à escola.
“Nesse primeiro dia nós dois deixamos ela lá na salinha e ficamos do lado de fora esperando se ia dar tudo certo. Nesse dia não consegui fazer nada e somente esperar a hora passar para ir buscá-la. Dois dias depois a Lívia pediu para ir para escola e isso me deixou muito aliviada”, diz a nutricionista.
MÃE À MODA ANTIGA
Atualmente, o fato de mães saírem de casa para desenvolverem seus papéis profissionais, seja por necessidade ou por gosto, é algo muito comum e aceitável perante à sociedade. É nesse momento que entram as instituições de ensino como parceiras dos pais no quesito educação e cuidado com os pequenos. Entretanto, ainda há mulheres que optam pelo ser “mãe à moda antiga”.
Esse é o caso de Sônia Vidal Carvalho. Aos 21 anos, Sônia engravidou da sua primeira filha, e conta que a maternidade a fez postergar o sonho de fazer uma faculdade e desenvolver sua vida profissional fora de casa. “Sempre tive o sonho de ser mãe, era tudo o que eu queria, porém também tinha o sonho de fazer uma faculdade e ser bem sucedida na área profissional. Aos 21 anos engravidei e foi algo lindo na minha vida. Por isso optei por curtir todas as fases da minha filha, sabia que se saísse para fazer faculdade e trabalhar fora iria perder muitos momentos do crescimento e desenvolvimento dela”, diz Sônia.
Neste ano, quando completou cinco anos, Juliana Carvalho Barbosa ingressou na vida escolar.
“Escolhi esperar até o limite para colocá-la na escola por querer aproveitar ao máximo ela em casa, sabendo que a partir desse ano ela vai passar por muitos anos dentro da escola”, declara a mãe. “Confesso que nos primeiros dias fiquei preocupada. Mas graças a Deus ela se adaptou muito bem, e o sorriso dela quando fui buscá-la contando que havia gostado me deixou muito aliviada”, finaliza Sônia.