Assunto é tratado diariamente nos estabelecimentos de ensino pela equipe pedagógica
Na data de 18 de maio é lembrado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Dados do Disque 100 apontam que, anualmente, são feitas mais de 20 mil denúncias desse tipo no serviço.
A violência sexual pode ocorrer de diversas formas e os estabelecimentos de ensino estão engajados nos propósitos preventivos, orientando crianças e adolescentes sobre como proceder nesses tipos de situações.
CRIANÇA TEM QUE CRESCER DE FORMA SAUDÁVEL
A diretora do Instituto Estadual de Educação Dr. Caetano Munhoz da Rocha, Elaine Gimenes, conta que em seu estabelecimento de ensino a questão é um assunto primordial. “O Instituto Estadual de Educação considera primordial o bom atendimento aos alunos. Procuramos através do trabalho desenvolvido pela nossa equipe pedagógica acompanhar a aprendizagem e necessidades de nossos alunos em sala de aula. Contamos com nossa equipe de professores que estão sempre atentos e nos repassam os problemas observados. A criança tem que crescer de forma saudável e bem amparada, pois um abuso pode acarretar problemas para a vida inteira. Contamos também com a rede de proteção, mas o importante é prevenir. Isso nós fazemos através de palestras e teatro com a participação dos alunos do Curso de Formação de Docentes”, explica.
Escola Faria Sobrinho prioriza o diálogo e mantém boa relação com o Conselho Tutelar
MUDANÇA DE COMPORTAMENTO
A pedagoga Mônica Xavier, do Instituto Estadual de Educação, ressalta que o assunto é trabalhado com todas as turmas. “A equipe pedagógica prioriza no planejamento do trabalho de atendimento aos alunos a prevenção e convidamos palestrantes que abordem o tema segurança na escola e na vida. Solicitamos também a parceria com nossos docentes, pois eles, no convívio diário com os estudantes, nos alertam quando observam alguma mudança de comportamento dos alunos. No mesmo dia a pedagoga responsável pela turma chama o estudante para conversar a fim de investigar o motivo da mudança comportamental que está refletindo negativamente no aprendizado. A Secretaria de Estado da Educação apoia os estabelecimentos com o programa Rede de Proteção, que oferta cursos voltados a ampliar o universo de conhecimento da equipe pedagógica e docentes sobre este tema que agora vem sendo discutido em todo o Paraná”, explica.
CONSELHO TUTELAR, UM BOM ALIADO
A diretora da Escola Estadual Faria Sobrinho, Liliana Kffuri, ressaltou que estabelece o diálogo com os estudantes. “Aqui na escola Faria Sobrinho trabalhamos com palestras. Conversamos com os alunos primeiramente sobre questões básicas corporais, para que possam compreender mais sobre o tema. Nas reuniões de pais, também falamos sobre os cuidados com os filhos fora da escola. Temos um bom relacionamento com o Conselho Tutelar. Sabemos que a estrutura deles não é tão boa, mas sempre conseguimos um intercâmbio. Essa parceria com os pais e o conselho forma uma rede essencial para combater e prevenir o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes”, ressalta.
Escola municipal Nascimento Junior criou uma boneca para conversar com as crianças
A BONECA DO BEM
Na Escola Municipal Nascimento Júnior, a qual atende mais de 500 crianças com idades entre 6 e 12 anos, o assunto é desenvolvido através de um projeto específico com atividades diárias. A pedagoga Flávia Lima conta que a escola trabalha o projeto OPA (Orientação para Pais, Professores e Alunos). “Trabalhamos todas as formas de violência, e após a tragédia ocorrida em Suzano intensificamos as ações. Em maio, estamos desenvolvendo atividades sobre o abuso contra crianças e adolescentes. Aqui na escola sempre estamos com rodas de conversa e exibição de vídeos educativos. Agora criamos a boneca Amora, que é a nossa mascote do bem. Ela vem lançando desafios. No momento, o desafio é amar as pessoas e amar a si mesmo. Cuidar do seu corpinho e não deixar que ninguém abuse. Nossa boneca conversa com eles, orienta e desafia as crianças através de boas lições. A questão do enfrentamento contra o abuso se dá sempre através da conversa, e nesse sentido a boneca Amora é nossa maior aliada, pois as crianças se sentem mais à vontade para falar e tirar dúvidas”, explica a pedagoga.