Unidades ficam em Antonina, Matinhos, Paranaguá e Pontal do Paraná
Iniciada no dia 27 de setembro pela Secretaria da Educação e do Esporte do Paraná, a consulta pública para decidir sobre a migração de 216 escolas tradicionais do Paraná, oito delas do litoral paranaense, para o modelo Cívico-Militar, aprovou até agora a passagem de seis unidades para o novo modelo proposto pelo Governo do Estado. De acordo com a chefe do Núcleo Regional de Educação (NRE), Clarice Ubessi, as seis escolas que foram aprovadas para o novo modelo ficam em Antonina, Matinhos, Paranaguá e Pontal do Paraná.
Ao todo, no litoral foram aprovadas para o modelo cívico-militar seis unidades: Colégio Estadual Moysés Lupion (Antonina); Colégio Estadual 29 de Abril (Guaratuba); Escola Estadual Professora Abigail dos Santos Correa (Matinhos); Escola Estadual Faria Sobrinho e Colégio Estadual Helena Viana Sundin (Paranaguá); e Colégio Estadual Hélio Antônio de Souza (Pontal do Paraná). “Das oito escolas indicadas para consulta, seis já atingiram o quórum e todas com resultado positivo. Todas tiveram a participação de mais de 50% da comunidade escolar”, complementa a chefe do NRE.
Os colégios estaduais Prof. Zilah dos Santos Batista e Dídio Augusto de Camargo Viana, de Paranaguá, não tiveram quórum suficiente ainda para definir a decisão. “A consulta pública nas escolas de Paranaguá ocorreu de forma respeitosa e democrática. Os pais se fizeram presentes e exerceram seu poder de escolha”, salienta Clarice.
“As alterações já estão previstas para 2021, em todas que tiveram resultado positivo para o novo sistema de ensino. Todos os alunos matriculados vão receber uniforme completo, bem como o material de estudo”, afirma a chefe do NRE.
Pais poderão optar pela matrícula ou não dos alunos
De acordo com Clarice Ubessi, os alunos que estão matriculados nas escolas que irão passar para o modelo cívico-militar em 2021, terão suas matrículas garantidas no próximo ano, caso esta seja a vontade dos pais. “Se os pais/responsáveis não quiserem manter seus filhos nestas unidades escolares, terão vaga garantida na unidade escolar mais próxima”, informa.
“Os alunos que querem estudar neste modelo de ensino, mas estão matriculados em outras unidades escolares, devem solicitar a transferência. As vagas seguirão os mesmos critérios de outras escolas. Não terá prova de admissão”, afirma a chefe do NRE. De acordo com ela, os pais e responsáveis podem ir até as unidades escolares que tiveram suas votações finalizadas e conversar com os representantes. “Além disso, na página da Secretaria de Educação e do Esporte também estão disponíveis informação sobre o modelo cívico militar pelo link http://www.educacao.pr.gov.br/#“, afirma a chefe do Núcleo.
Novo modelo
Segundo a assessoria da pasta estadual de Educação, o modelo de escolas cívico-militares vai proporcionar mais aulas aos estudantes, aprimorando a qualidade do ensino. “Teremos aulas adicionais de Português, Matemática e Civismo, para estudar leis, Constituição Federal, papel dos três poderes, ética, respeito e cidadania. Os alunos vão estudar mais”, afirma Renato Feder, secretário da Educação e do Esporte. Ainda segundo o gestor, no Ensino Médio, haverá a adição da disciplina de Educação Financeira.
“Além de questões curriculares, outra mudança trazida pela nova modalidade de ensino, que será aplicada em escolas do 6.º ao 9.º ano do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, é a gestão compartilhada entre civis e militares. O diretor-geral e o diretor auxiliar permanecem sendo civis e as aulas continuam sendo ministradas por professores da rede estadual, enquanto o diretor cívico-militar será responsável pela infraestrutura, patrimônio, finanças, segurança, disciplina e atividades cívico-militares. Haverá, também, de dois a quatro monitores militares do Corpo de Militares Estaduais Inativos Voluntários (CMEIV), conforme o tamanho da escola”, afirma a assessoria.
Consulta
A comunidade escolar, formada por professores, funcionários e pais de alunos matriculados na instituição, pode votar para decidir que a escola fosse ou não para o modelo cívico-militar. “Caso o estudante seja maior de idade (18 anos), também participa da consulta. Para votar na consulta pública é necessário levar documento pessoal com foto, e recomenda-se que cada pessoa leve sua própria caneta. Pais ou responsáveis votam de acordo com o número de estudantes matriculados sob sua tutela na escola, ou seja, uma mãe com três filhos pode votar até três vezes”, informa.
Com informações da AEN