Na quarta-feira, 19, data em que se celebra os 270 anos de fundação do Colégio dos Jesuítas, edifício histórico que abriga o Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), aconteceu no museu o início do ano letivo das aulas do Núcleo de Interações Culturais e Humanísticas dos Bagrinhos (BagrICH). Ao todo, 27 alunos e os professores Valdo Cavallet e Silma Costa Batezzati participaram das boas-vindas, com apresentação dos acadêmicos, início do planejamento, com foco em estratégias para atuação em 2025.
“Nas próximas quartas-feiras, sempre às 19h, participarão lideranças políticas, culturais e educacionais da comunidade parnanguara. Também serão realizadas vivências de campo. Assim deu-se o início do décimo primeiro ano do BagrICH, a ICH ( Interações Culturais e Humanísticas) que integra ativamente os estudantes da UFPR Litoral com suas origens e comunidades, na planície litorânea”, informa o auxiliar administrativo do MAE, Luiz Cezar Rodrigues, de 67 anos, mais conhecido como “Cezinha do Museu”.
Segundo ele, o BagriCH é realizado pela UFPR e aberto à sociedade parnanguara e litorânea. “O BagrICH, além de ser uma atividade curricular, é um espaço aberto a todos os interessados na cultura, educação e desafios de Paranaguá e da região”, completa.
O que é o BagriCH
O BagrICH é um projeto de extensão da UFPR e visa aproximar a universidade à comunidade local, algo que ocorre por meio de encontros semanais no MAE. Ele visa promover a interação cultural e humanística entre a universidade e a sociedade local, com diversos levantamentos feitos por acadêmicos, com foco na cultura, história e conhecimentos do litoral paranaense.
Colégio dos Jesuítas

Construído entre 1740 a 1755, o Colégio dos Jesuítas conta com 270 anos de fundação, edificação com três pavimentos, ocupando ¾ de uma quadra às margens do Rio Itiberê no Centro Histórico de Paranaguá. Desenvolve-se em torno de um pátio central. Anexa ao Colégio existiu a igreja, da qual restam hoje as fundações da nave e torre e o arco cruzeiro inserido na parede que limita o atual auditório. A obra foi confiscada pela real fazenda em 1760 após a expulsão dos jesuítas do Brasil.