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Educação

“A rede estadual está preparada para a volta das aulas presenciais”, diz secretário Renato Feder

Secretário de Estado da Educação e do Esporte fala sobre a expectativa da volta às aulas presenciais no modelo híbrido de ensino. Foto: Geraldo Bubniak

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Centenas de alunos da rede estadual do Paraná voltaram gradativamente às aulas presenciais desde a segunda-feira, 10. Foi adotado o modelo híbrido de ensino, em que parte dos alunos participa das aulas presencialmente, em sala de aula, enquanto a outra parte acompanha remotamente as aulas ao vivo. Os espaços estão equipados com computadores e Internet, possibilitando que os professores interajam com ambos os grupos de estudantes.

Nesta entrevista, o secretário estadual da Educação e Esporte, Renato Feder, destaca que as escolas estaduais seguirão um protocolo de segurança, garantindo distanciamento de 1,5 metro entre os estudantes. Também será disponibilizado álcool em gel, máscara e termômetros para aferir a temperatura de alunos e funcionários na entrada do colégio.

O secretário também ressalta que os alunos que optarem por não ir às aulas presencialmente continuarão no ensino remoto, que inclui as plataformas digitais do Aula Paraná, videoaulas no YouTube e TV aberta, além do kit pedagógico impresso. “O Paraná se destaca pela tecnologia por ser um Estado inovador na Educação. São várias ferramentas disponibilizadas para os alunos, e todas elas continuarão a serviço desses estudantes”, ressalta.

O Governo do Paraná investiu cerca de R$ 60 milhões em infraestrutura escolar no primeiro trimestre de 2021. Ao todo, 124 obras foram iniciadas, contratadas ou concluídas. Os recursos também envolvem ampliações, reparos e construção de cinco novas unidades. Também está em andamento um aporte de R$ 12 milhões em novos equipamentos para cozinhas e refeitórios.

“Aproveitamos que as escolas estavam vazias e realizamos muitas melhorias”, diz Renato Feder. “Sempre há necessidade de reformar um telhado prejudicado pela tempestade ou algum espaço deteriorado pelo tempo, por exemplo”.

O planejamento para melhorar a nota do Paraná no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e o andamento do projeto Ganhando o Mundo, que vai levar 100 estudantes da rede estadual de ensino para intercâmbio na Nova Zelândia, são abordados nesta entrevista. Renato Feder ainda destaca programas como o Formadores em Ação e o Edutech, além da implantação das aulas de Educação Financeira na rede estadual de ensino.

Na segunda-feira, 3, centenas de alunos e professores começaram a voltar gradativamente para as aulas presenciais. As instituições estão preparadas para este retorno?

Sim, as escolas estão preparadas. Nesta segunda, cerca de 200 instituições iniciam o retorno, e todas elas contam com álcool gel, máscaras e termômetros para aferição de temperatura disponíveis para professores e alunos. Nas salas de aula, também deverão respeitar o distanciamento de, pelo menos, 1,5 metro entre eles, garantindo a segurança de todos. É importante lembrar que os pais ou responsáveis legais dos estudantes que voltam para as salas presenciais precisam assinar uma carta de autorização. O documento pode ser enviado por e-mail à escola ou entregue pessoalmente pelo estudante na diretoria da instituição.

O fato de iniciarmos essa volta com aproximadamente 10% das escolas é justamente para acompanhar o cumprimento dos protocolos indicados pela Secretaria de Estado da Saúde. Na medida em que observarmos a segurança desse grupo, ampliaremos o retorno gradativamente até chegar a 100% da rede.

Em relação à estrutura física, a rede está apta para receber os estudantes?

Neste período de pandemia, aproveitamos que as escolas estavam vazias e realizamos muitas melhorias. Entregamos centenas de obras nos primeiros meses deste ano, inclusive nessas instituições que voltaram nesta segunda-feira. O orçamento da Secretaria de Estado da Educação previsto para investimentos em obras novas, reformas e ampliações é de aproximadamente R$ 100 milhões, e os recursos serão investidos em todas as regiões do Estado. Sempre há necessidade de reformar um telhado prejudicado pela tempestade ou algum espaço deteriorado pelo tempo, por exemplo. Também estamos empenhando esforços para acabar com as salas de aula de madeira, que eram inúmeras no Paraná, e agora serão todas de alvenaria.

Os mecanismos digitais implantados pelo Estado para a realização das aulas a distância vão continuar?

O Paraná se destaca pela tecnologia, por ser um Estado inovador na Educação. São várias ferramentas disponibilizadas para os alunos e todas elas continuarão a serviço desses estudantes. Hoje, contamos com o aplicativo Aula Paraná, sistema multiplataforma de educação a distância, em que as aulas são gravadas por professores e transmitidas por canal de televisão aberta, pelo YouTube e pelo próprio aplicativo, que vai continuar operando, e o Google Meet, plataforma usada pela rede estadual para aulas ao vivo por videochamada, principal ferramenta das aulas remotas. Os alunos seguem acessando o Google Classroom (sala virtual com videoaulas e material de apoio) e as lições de casa deverão permanecer sendo postadas na nuvem. Então, mesmo com as aulas presenciais, o sistema digital adotado até o momento segue no mesmo modelo, já que estamos trabalhando com o sistema híbrido de ensino.

O programa Redação Paraná, que usa inteligência artificial para auxiliar alunos e professores na correção de redações, permanece sendo utilizado após o retorno para as aulas presenciais?

O Redação Paraná é uma ferramenta que nos enche de orgulho porque ela foi feita pelos profissionais da Língua Portuguesa junto com os profissionais da Rede de Tecnologia do Estado. É uma ferramenta própria, que tem sido muito elogiada por professores e alunos. É um sistema inteligente: corrige sintaxe, gramática, pontuação, acentuação, concordância… Ele aponta até cinco tipos de erros possíveis para os alunos e destaca as soluções. Facilitou a correção para o professor, que pode focar no desenvolvimento do argumento e na lógica do raciocínio do aluno. A grande discussão que estamos tendo agora no Estado é se vamos estender o Redação Paraná para outras disciplinas, porque os professores de filosofia, sociologia, geografia, por exemplo, também querem usar. Já temos 500 mil redações na Rede neste momento.

Os professores tiveram o grande desafio de lecionar de casa, longe dos estudantes, de forma on-line. Para este período, a Secretaria criou mecanismos de aprimoramento no apoio ao professor?

Atualmente, podemos dizer que todos os professores são formados em tecnologia, e essa formação acontece de duas formas. Primeiro, a partir de lives e treinamentos das turmas e dos Núcleos Regionais de Educação. Mas também por meio do programa Formadores em Ação, que são cursos ministrados pelos próprios professores. Selecionamos esses professores por meio de prova e vídeo, em que avaliamos a capacidade dele de interagir com os colegas. No Paraná são mais de mil professores nesta condição, que ajudam a formar mais de 20 mil profissionais da Rede Estadual de Ensino.

Entre os assuntos debatidos semanalmente, os professores abordam tecnologia, como realizar apresentações on-line, fechar ou abrir o microfone de um aluno ou como usar a ferramenta Jamboard – em que os alunos interagem em uma lousa virtual. Os professores do Paraná, afirmo isso tranquilamente, são os que mais entendem de tecnologia do Brasil e provavelmente muito mais que os profissionais de outros países de primeiro mundo. O programa Formadores em Ação vale pontos também para a progressão do professor. Para o profissional progredir na carreira são diversos fatores, como a presença em aula, uma boa avaliação e também os cursos e formações. Então quando ele participa do Formadores em Ação, ele também acumula pontos para a sua progressão.

Fonte: AEN

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