A violência, atualmente, tem tomado proporções que fogem do mundo real e atingem o virtual com tamanha brutalidade. Uma pesquisa revela que o cyberbullying, violência praticada por meios virtuais, é mais frequente que o bullying, que são as agressões normalmente feitas pessoalmente, e que tem afetado com rigor a comunidade escolar.
Os dados revelam a problemática, a qual muitas vezes passa despercebida pelos pais e ou familiares por serem ações praticadas no ambiente virtual. Um levantamento do Instituto de Pesquisa (Ipsos) revela que o Brasil é o segundo País com mais casos de cyberbullying contra crianças e adolescentes. Outra pesquisa com mais de cinco mil estudantes mostra que 16,8% dos entrevistados são vítimas de cyberbullying, 17,7% praticam a agressão virtual e 3,5% são vítimas e praticantes ao mesmo tempo. O levantamento foi realizado em escolas de todas as regiões do País.
Por isso, o alerta é feito para os pais, professores e responsáveis pelas crianças para que fiquem atentos a qualquer sinal de estudantes que tenham sofrido esse tipo de violência. Isso porque as consequências são tão graves como nos casos de violência física. São ameaças de morte, agressão psicológica e publicação de informações pessoais de vítimas, por exemplo. O que levam a criança a se intimidar, revoltar e até mesmo a se automutilar.
Para conscientizar sobre a situação, o Estado do Paraná criou o Núcleo da Paz – um fórum estadual para discutir ações de prevenção da violência, promoção da saúde e cultura da paz. E neste ano capacita gestores e profissionais que atuam em políticas públicas para identificar e prevenir situações de risco de violência virtual contra crianças e adolescentes.
A iniciativa é um chamado para a conscientização e reflexão sobre o que pode ser mudado e transformado no ambiente escolar para contribuir com a redução desses casos. Fica a reflexão.
