A chegada da vacina da Covid-19 ao litoral do Paraná foi algo aguardado por meses e celebrado na terça-feira, 19, por cidadãos que confiam na ciência e sabem que o fim da pandemia passa exclusivamente por ela. Um total de 2.240 doses da Coronavac, enviadas pelo Governo do Estado e Governo Federal, já estão sendo utilizadas na região para vacinação de pessoas dos grupos prioritários, entre eles profissionais de saúde, idosos que residem e profissionais que trabalham em asilos e indígenas aldeados. Ou seja, apesar dela ter chegado, a imunização total da população litorânea demorará meses a acontecer.
Nesta edição da Folha do Litoral News, há entrevista com o médico Jhonatan Aredes, atuante na rede pública de saúde de Paranaguá, o qual foi bem claro ao dizer que a vinda da vacina não significa que as pessoas podem parar de usar máscara, bem como desobedecer às medidas de distanciamento e de higienização. Além disso, o profissional da saúde esclareceu que, mesmo após ser vacinada, a pessoa deve prosseguir com os protocolos preventivos à Covid-19, o que deve ocorrer até mesmo após a segunda dose, visto que há chances de contaminação mesmo após a imunização, pois o imunizante Coronavac é eficiente 100% para prevenir casos graves. Ou seja, ele salva vidas e reduz internações.
Nas matérias feitas com representantes de prefeituras do litoral e Governo do Estado, o entendimento de que a prevenção ao Coronavírus deve prosseguir de forma intensificada é unânime. Entretanto, é difícil acreditar que toda a população será sensata e respeitará os protocolos de segurança sanitária. Mesmo antes da vinda da vacina, o que se viu, principalmente nas festas de fim de ano, foram aglomerações contínuas, pessoas sem máscaras nas ruas e uma recorrente falta de respeito ao próximo.
É óbvio que todos estão cansados desta mudança de hábitos ocasionada pela pandemia e querem a volta à normalidade. Entretanto, isso não irá ocorrer até que haja uma imunização maciça da população a ponto do controle da pandemia e das mortes ocasionadas pelo Coronavírus. A cura já está aí, a luz no fim do túnel já nos alcança, entretanto, não é na reta final da guerra contra o vírus que devemos relaxar as medidas preventivas e causar uma extensão desnecessária da luta.
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