Nesta semana, encerra a campanha de mobilização Setembro Amarelo. Setores como o da saúde e da educação trabalham desde o início do mês com atividades voltadas para a prevenção do suicídio e valorização à vida. No entanto, o tema deve continuar pautando a sociedade, especialmente pelo alto índice de casos e pela necessidade cada vez maior de falar sobre saúde mental.
O Setembro Amarelo existe por iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), que deu notoriedade e colocou no calendário nacional a campanha. Neste ano, o lema foi “Se precisar, peça ajuda!”, para que as pessoas que passam por momentos desafiadores possam encontrar apoio e tratamento e não sofrerem caladas.
O suicídio é uma triste realidade que atinge todo o mundo e também reflete na saúde pública. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média, 38 pessoas cometem suicídio por dia. Embora os números estejam diminuindo em todo o mundo, os países das Américas estão na contramão dessa tendência. O índice ainda é muito alto entre os adolescentes, o que faz com que as escolas tenham um papel importante no trabalho de prevenção e acolhimento.
A totalidade dos casos registrados estão relacionados a problemas de saúde mental, não diagnosticados ou tratados incorretamente. Cenário que poderia ser diferente se houvesse mais informação, empatia e compreensão por parte da sociedade. Problemas de cunho emocional não devem ser tratados como irrelevantes ou menos importantes.
Que este mês possa ter contribuído para salvar vidas e para que toda a população entenda o significado e relevância de apoio, suporte e de oferecer acolhimento já nos primeiros sinais de problemas de saúde emocional. E, mais do que isso, não demorem para procurar ajuda e valorizar aquilo que se tem de mais precioso: a vida.