A tradicional festividade da padroeira do Paraná, Nossa Senhora do Rocio, inicia no domingo, 3, em Paranaguá. Reconhecida em 2017 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio imaterial de Paranaguá, a festa possui vasta programação artística e religiosa. E esta, por sua vez, há 206 anos faz do Rocio, o lugar sagrado dos paranaenses.
Anualmente, devotos de todo o Brasil aguardam o momento para celebrar a data da padroeira, a qual, segundo a fé cristã católica, desde 1686 reflete seus milagres aos fiéis. As marcas desta devoção iniciaram quando, naquele ano, os habitantes da Vila de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá foram assolados por uma peste e recorreram aos milagres de Maria. Desde então, Nossa Senhora do Rocio vem sendo o socorro nos momentos de aflições dos devotos cristãos católicos paranaenses.
Assim como todo culto e fé religiosa devem ser respeitados, a devoção à padroeira do Estado merece respeito, pois seus feitos confundem-se com a história da cidade mais antiga do Estado. Para muitos, socorro em momentos de aflição, a padroeira do Paraná carrega simbolismos que percorrem os caminhos da cidade desde sua elevação à Vila, até ao desenvolvimento atual. Fortemente ligada às tradições pesqueiras, a imagem da Virgem do Rocio foi encontrada em uma pesca milagrosa, nas redes do Pai Berê, no século XVII, na baía de Paranaguá e é mantida (simbolicamente) até hoje em um bairro rodeado pelo mar e pelo orvalho matutino.
Nesta linha, sabe-se que o bairro Rocio, o qual recebe milhares de romeiros, necessita de mais atenção e cuidados mensalmente e não apenas no período de festa. É preciso tirar do papel e pensar na prática, como este local sagrado, o qual abriga o Santuário, pode ser mantido e bem cuidado durante todo o ano e não apenas no mês de novembro.
