O número de estudantes inscritos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) mostra a representatividade e o interesse dos jovens brasileiros para com o ingresso no Ensino Superior. Até a tarde de ontem, o Inep contabilizou cinco milhões de estudantes, os quais se inscreveram para o Exame deste ano.
A participação no Enem é de fundamental importância para quem busca ingressar em uma instituição de Ensino Superior. Isso porque desde 2004, o Prouni oportuniza a utilização da nota do Enem para a obtenção de bolsas de estudos integrais e parciais em cursos de graduação em universidades e faculdades particulares e desde 2009, o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) possibilita que a nota do Enem seja utilizada em instituições públicas.
Em 2018, as estatísticas mais recentes já mostraram o interesse pelas faculdades públicas no País, através do número de inscritos na primeira edição do ano passado para o Sisu. Foram 2.117.908 estudantes inscritos e o total de inscrições chegou a 4.122.654, já que cada participante pôde fazer até duas opções de curso. A oferta sinalizou um número recorde de vagas distribuídas em 130 instituições.
A oferta, certamente, é um marco em função do sonho de um estudante poder cursar uma faculdade, que ainda é uma realidade distante de grande parte dos cidadãos brasileiros. Em 2017, o Brasil tinha 8,3 milhões de alunos em cursos de nível superior, contra 8,05 milhões em 2016. Os dados são do Censo da Educação Superior de 2017, divulgado pelo MEC.
Ou seja, o Brasil ainda é um País que busca educação, embora não a valorize através das políticas públicas. Pensa-se que a geração Z, em função de toda a evolução tecnológica, não corre atrás do sonho da educação, mas é preciso repensar conceitos, respeitar e valorizar os que optam ou têm a oportunidade de cursar uma faculdade, seja ela pública ou privada.
Afinal, o futuro do País, em desenvolvimento, intelecto e nas expansões sociais e econômicas dependerá exclusivamente dos estudantes que hoje estão em sala de aula. Porém, o caos da humanidade tem sido o reflexo do desprezo que a sociedade tem dado à educação.
