Editorial

O caminho para combater a evasão escolar

A taxa de evasão escolar no Brasil é a terceira do mundo.

A educação é o único e mais eficaz caminho para combater desigualdades. A educação, como já dizia Paulo Freire, muda as pessoas, as quais, por consequência, transformam o mundo. Uma pessoa com conhecimento e formação é capaz de mudar o ambiente social e contribuir positivamente com os ensinamentos que possui para um cenário transformador em cidadania e democracia. Mas como apostar todas as fichas nessa transformação social se o Brasil ainda é um dos países a enfrentar elevados índices de evasão escolar?

Os números falam por si. A taxa de evasão escolar no Brasil é a terceira do mundo. Em média, 40,8% dos jovens não concluem o Ensino Médio até os 19 anos, ou seja, quase metade dos jovens não conclui a Educação Básica na idade adequada.

Para repensar a questão da evasão escolar, é necessário refletir sobre os motivos que levam uma criança ou adolescente a desistir da escola. E são inúmeras razões. Entre elas estão as dificuldades de aprendizagem, o desinteresse pela escola (influenciado por situações de bullying), a necessidade de trabalhar, além do acesso ao estabelecimento.

Para minimizar essa situação no Paraná, o Governo do Estado, através da Secretaria de Educação, lançou, nesta semana, o programa Presente na Escola, o qual visa a monitorar diariamente a frequência dos estudantes e trabalhar de forma integrada com a Rede de Proteção de Crianças e Adolescentes para combater o abandono e a evasão escolar.

Ao que tudo indica, o programa tem tudo para dar certo. Isso porque haverá um controle do número de faltas de cada aluno e cada turma através de uma base de dados tecnológico. Ou seja, constatado elevado índice de ausência, e se houver necessidade, a escola poderá acionar a Rede de Proteção para ir até a casa do aluno, entender qual é a causa das faltas e tentar resolver a situação. Mais uma vez a tecnologia no Paraná fará a diferença nas bases de processo pedagógico.

Com isso, quem ganha não é apenas a escola, os pais e os alunos. Mas acima de tudo, a sociedade. Pois onde há criança na escola, haverá menos meninos e meninas envolvidos na criminalidade.

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