Editorial

Não se deve subestimar a doença

Ainda não são conhecidas as reações que cada pessoa pode ter ao ser infectada

Apesar das populações estarem vivenciando os impactos da Covid-19 há meses, a doença no que tange à ciência ainda é nova. Por isso, ainda não existem todas as ferramentas para lidar com ela de modo a reduzir os índices de óbitos e salvar mais pessoas. Assim como a vacina, por exemplo, na qual os testes ainda não foram concluídos para ser disponibilizada à população com segurança, ainda não são conhecidas as reações que cada pessoa pode ter ao ser infectada.

Sabe-se que aqueles que pertencem ao grupo de risco necessitam de mais atenção, como idosos e pessoas com outras doenças, assim como aqueles que não praticam exercícios e têm baixa imunidade. O relato de um paciente no Paraná que teve a doença, publicado nessa edição da Folha do Litoral News, contraria tudo isso. Um homem de 53 anos, sem doença preexistente e praticante de atividade física regularmente, desenvolveu a forma mais grave da doença. Ele ficou internado por mais de 30 dias e ainda hoje, após a alta médica, sente os reflexos da doença.

Da mesma forma que ele desenvolveu a Covid-19, outras pessoas sequer sentem um dos sintomas já conhecidos. Esse caso mostra que as reações da doença podem variar muito de uma pessoa para outra e que não se sabe o que de fato vai acontecer com cada um se contrair a infecção. Ou seja, é uma grande loteria.

A reflexão que se tira dessa e de outras histórias similares é a de que não se pode subestimar a doença, nem o atleta, nem o hipertenso. Por isso, cabe a todos seguirem as medidas de segurança, usar o que já se sabe da infecção em prol da sua prevenção. Certamente, nessa aposta, ninguém deveria se arriscar, pois o que está em jogo é a própria vida.

Não se deve subestimar a doença

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