O Governo do Paraná decidiu ampliar o distanciamento social para evitar um colapso nos hospitais. Essas novas medidas serão anunciadas na sexta-feira, 19, por meio da publicação de um novo decreto. Ao que tudo indica, as medidas adotadas até agora, e a consequente flexibilização ao passo que a situação estava “sob controle”, não foram suficientes para sanar o grande problema causado pela pandemia.
As autoridades de saúde já alertaram que o ápice da doença deve ocorrer nos próximos dias e o grande problema não está na quantidade de pessoas que podem ficar doentes e na porcentagem que, felizmente, não irá apresentar sintomas. Mas, sim na superlotação dos atendimentos em saúde. Neste caso, tanto vale para as instituições públicas, como privadas. Os leitos de UTI estão quase no limite no Paraná, em especial na capital, e isso precisa diminuir ou, ao menos, estagnar, para que a população possa ser atendida da forma correta.
Sabe-se que a suspensão das aulas nas universidades e escolas contribuiu com cerca de 20% da redução na mobilidade das pessoas. Porém, o índice ainda é baixo para a situação vivenciada atualmente. Um exemplo disso é o que pôde ser observado em Paranaguá nos últimos dias. No sábado, o município tinha 111 casos confirmados e, apenas quatro dias depois, esse número saltou para 129.
Os índices revelam que a preocupação é grande e exige, realmente, uma adequação das medidas preventivas por parte do Governo Estadual. Que a população se conscientize e siga à risca as orientações, pois não há como voltar a ter uma vida normal com o risco de tantas vidas serem perdidas.