Se a pandemia da Covid-19 se espalhou pelo mundo em uma velocidade assustadora, causando mortes e desespero na sociedade, da mesma forma a ciência avançou a passos largos na produção de vacinas para combater a doença. Somente no Brasil, já há dois imunizantes sendo utilizados, a CoronaVac e a vacina de Oxford (AstraZeneca), sendo que na terça-feira, 2, um importante passo no cenário mundial foi dado para que mais uma vacina seja utilizada em larga escala no mundo: a Sputnik V, produzida pelo laboratório Centro Gamaleya, na Rússia.
De acordo com os resultados publicados pela revista médica The Lancet, uma das renomadas na ciência mundial, a vacina Sputnik V revelou uma eficácia de 91,6% contra as formas sintomáticas da doença. Além disso, o imunizante foi 100% eficaz para prevenção de casos graves e mortes. Ou seja, ela é mais um aliado da vida na luta contínua contra os milhões de óbitos que o vírus causou no mundo.
A notícia pode ser ainda melhor para nós, paranaenses. Isso porque, em agosto de 2020, muito antes de qualquer vacina ainda estar aprovada no mundo, o Governo do Estado assinou um memorando de entendimento com o Fundo de Investimento Direto da Rússia para ampliar a cooperação técnica, as transferências de tecnologia e os estudos sobre a vacina russa contra a Covid-19.
O acordo assinado entre o Governo do Paraná e Rússia deixa aberta a possibilidade de realização de testes e distribuição da Sputnik V, assim como sua produção pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). Com a eficácia sendo comprovada cientificamente no cenário mundial, a expectativa é que sua distribuição seja massificada no mundo, chegando ao Brasil, onde o Paraná deverá ter uma significativa importância para que uma terceira vacina contra o Coronavírus comece a ser utilizada em todo o País.
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