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Editorial

Educação inclusiva nas universidades

Uma estudante de Matinhos foi a primeira com paralisia cerebral a se formar na Universidade Federal do Paraná (UFPR), no campus Litoral

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No Brasil, dados do Censo Superior da Educação, de 2017 e 2018, revelaram que o número de estudantes com deficiência matriculados na universidade por meio da reserva de vagas cresceu mais de 70%. De acordo com a pesquisa, o número de matriculados PcD com cotas passou de 2.962 (0,04% do total de matriculados), em 2017, para 5.053 (0,06% do total de matriculados), em 2018.

Entretanto, se observou que, apesar desse crescimento, as pessoas com deficiência ainda esbarravam em um problema, o da acessibilidade, o que fez com que não permanecessem matriculadas e não conseguissem concluir a graduação. A falta de preparo nas universidades para tornar a permanência desses alunos na graduação viável infelizmente afastou muitos do sonho de ter um diploma.

Nesta edição, a Folha do Litoral News traz um exemplo que contraria todos esses dados. Uma estudante de Matinhos foi a primeira com paralisia cerebral a se formar na Universidade Federal do Paraná (UFPR), no campus Litoral. Um orgulho para a universidade que abriu as portas para a educação inclusiva e uma conquista e tanto para quem, desde cedo, precisa lidar com as dificuldades, com o descrédito dos médicos, com a opressão da sociedade e com os muitos obstáculos que aparecem para quem decide vencer os desafios.

Ao fazer história na região, a conquista da aluna representa toda uma classe de pessoas que lutam diariamente contra o capacitismo, pela educação inclusiva e pelo acesso a tudo que também lhe é de direito. Por isso, a notícia merece ser comemorada, por simbolizar um avanço para a comunidade acadêmica e para toda a sociedade, já que seu exemplo pode arrastar outras pessoas ao mostrar que sim, é possível.

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