Editorial

Covid-19 se prolifera no desdém aos cuidados. Vidas continuam sendo perdidas

Quantos mais de nós terão que partir para que a sociedade compreenda a gravidade desta pandemia, que já levou embora 1.033 vidas litorâneas e causou a morte de 497 moradores de Paranaguá?

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Todas as mortes que ocorrem quase que diariamente em Paranaguá devido à Covid-19 são impactantes, entretanto, há óbitos que demonstram de forma ainda mais intensa o quanto esta doença é rápida e traiçoeira. Na terça-feira, 13, perdemos a vida de uma jovem com apenas 21 anos para o Coronavírus. Laryssa Miranda estava grávida, estudava Fisioterapia e aguardava a chegada do seu bebê. Seu rosto era um retrato claro da alegria e juventude. Infelizmente, ela não mais estará entre nós fisicamente para criar seu filho ou filha, dançar e conversar com seus amigos, concluir seus estudos e curtir o próximo Carnaval parnanguara junto à sua escola de samba, a Filhos da Gaviões. 

Quantos mais de nós terão que partir para que a sociedade compreenda a gravidade desta pandemia, que já levou embora 1.033 vidas litorâneas e causou a morte de 497 moradores de Paranaguá? Enquanto a vacinação não chega a todos, não é de hoje que é esclarecido por profissionais da saúde, Poder Público, ciência e imprensa, que devemos continuamente utilizar máscara, realizar o distanciamento social e higienizar constantemente as mãos. Os cuidados devem ser adotados com seriedade, caso contrário, a transmissibilidade do vírus continuará e seguirá causando mortes, tanto de pessoas que desdenham da pandemia, como de cidadãos que tomam todos os cuidados possíveis, mas mesmo assim acabam vindo a óbito, por descuido de pessoas próximas ou meros detalhes. 

É verdade que há um bom indicativo: a taxa de transmissão da Covid-19 caiu no Paraná, conforme divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) nesta semana. Entretanto, redução não quer dizer o fim da transmissão.O Coronavírus segue presente e se prolifera no desdém aos cuidados, na máscara abaixada ou na inutilização dela, na “festinha” do fim de semana com aglomeração e desdém às vítimas da pandemia, no discurso negacionista com relação à vacina e à ciência, questionando imunizantes aprovados pela Anvisa e órgãos científicos com base no “achismo” e na ignorância.

Apesar da maioria dos seres humanos contar os dias para tomar a primeira ou segunda dose da vacina contra o Coronavírus, há pessoas que simplesmente deixam de colaborar com a sociedade onde vivem e não vão se imunizar. Esquecem que, para que a pandemia seja superada, é necessário um pacto coletivo, com vacinação de todos, controlando a transmissão, evitando mortes e internamentos, bem como possibilitando uma retomada da economia. Outro ponto essencial é que somente com a segunda dose a imunização será completa. É urgente que todos, na data definida pelas autoridades da saúde, completem o esquema vacinal. Vacina sim, Covid-19 não!

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