Este é o mês de levantar o debate sobre a saúde emocional. A campanha Setembro Amarelo chama a atenção para uma doença que nem sempre é tratada como tal: a depressão. Apesar de nem sempre apresentar danos físicos, os danos emocionais da depressão são vários e merecem ser levados em consideração pela sociedade.
Infelizmente, os casos de ansiedade e depressão entre jovens cresceu durante a pandemia. As possíveis causas apontadas pelos especialistas é o isolamento social, que retirou esses jovens do convívio com amigos e a interação virtual tornou-se ainda mais frequente. Aparentemente, a princípio, estudar em casa de forma on-line e restringir o contato à família dentro das residências, não apresentaria muitos malefícios. No entanto, hoje se percebe o quão prejudicial tem sido esse momento não só para os adultos, como também para crianças e adolescentes.
Sem dúvida, o isolamento social foi e ainda é, em alguns casos, necessário, como uma das medidas mais importantes para evitar o contágio do novo Coronavírus. Porém, nesses últimos meses em que a população precisou deixar de olhar um pouco para fora e olhar mais para dentro, percebeu-se a importância da atenção da família quanto ao comportamento dos jovens. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 32 pessoas se suicidam por dia no Brasil, o que significa que o suicídio mata mais brasileiros do que doenças como a AIDS e o câncer.
Por isso, ficar atento aos sinais e dar a atenção devida à saúde mental, assim como se dá para a saúde física, é tão relevante. Esses números só serão menores no País quando, finalmente, houver mais pessoas dispostas a entender e ajudar outras com quadro depressivo. Na dúvida, fale sobre o que tem sentido. A pandemia não foi boa para ninguém, mas alguns ainda sentiram mais os efeitos que outros. Lutar contra a depressão não é demonstração de fraqueza, mas sim de coragem.