Editorial

Caso Isabelly, júri popular e a resposta à sociedade

Casos de repercussão como este normalmente são levados a júri popular e ganham destaque na mídia

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Na próxima semana, o litoral do Paraná terá a resolução de um caso que chamou a atenção de todo o País, a morte da youtuber Isabelly Cristine Domingos dos Santos, de 14 anos. O júri popular com o acusado de matar a jovem com disparo de armas de fogo quando a mesma voltava de carro de Pontal do Paraná para Paranaguá, após uma gravação para o seu canal, está marcado para começar na segunda-feira, 24. Devido a complexidade do caso e o grande número de testemunhas que precisam ser ouvidas durante o julgamento, a expectativa é de que o júri termine somente na quarta ou quinta-feira da mesma semana.

Casos de repercussão como este normalmente são levados a júri popular e ganham destaque na mídia. Os júris chamam a atenção da população por serem frequentemente retratados em diversos filmes e séries e, por isso, ficarem no imaginário das pessoas.

Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o tribunal do júri foi instituído no Brasil em 1822 e está previsto na Constituição Federal, sendo responsável por julgar crimes dolosos contra a vida.

Esse tipo de tribunal se caracteriza pela presença de jurados sorteados para compor o conselho de sentença e declarar se o crime em questão aconteceu e se o réu é culpado ou inocente. Desta forma, o juiz ou juíza decide conforme a vontade popular, lê a sentença e fixa a pena, em caso de condenação. Os jurados não podem se comunicar com outras pessoas durante o julgamento, nem manifestar sua opinião do processo.

O que profissionais que atuam na justiça e na área do direito defendem é que o tribunal do júri é um mecanismo fundamental para a democracia, pois reflete a participação do povo nos processos. Desta forma, a população do litoral espera que aconteça o desfecho do crime pelo júri popular e que, agora, mais de quatro anos depois, seja finalmente dada uma resposta à sociedade desse fato que chocou a região.

Caso Isabelly, júri popular e a resposta à sociedade

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Caso Isabelly, júri popular e a resposta à sociedade

Gabriela Perecin

Jornalista graduada pela Fema (Fundação Educacional do Município de Assis/SP), desde 2010. Possui especialização em Comunicação Organizacional pela PUC-PR. Atuou com Assessoria de Comunicação no terceiro setor e em jornal impresso e on-line. Interessada em desenvolver reportagens nas áreas de educação, saúde, meio ambiente, inclusão, turismo e outros. Tem como foco o jornalismo humanizado.