Editorial

A educação no enfrentamento da violência doméstica

A iniciativa ampliará o debate sobre os direitos das mulheres para a comunidade escolar.

A mudança de pensamento e de comportamento de uma sociedade não acontece de um dia para o outro, mas é construída a partir de ações e do envolvimento de vários setores. É o que tem sido realizado em relação aos casos de violência contra a mulher. Leis, como a Maria da Penha e do Feminicídio, como qualificadora do homicídio quando o crime ocorrer contra uma mulher, têm sido cada vez mais divulgadas e chegando ao conhecimento das pessoas.

Outro passo importante na busca da mudança de pensamento no que tange à violência doméstica é o que foi anunciado nesta semana em Paranaguá, o projeto “Educação pela Paz: Construindo Lares sem violência”. Trata-se de uma parceria entre o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), através da juíza Cíntia Graeff; e da Secretaria Municipal de Educação, por meio da secretária Vandecy Dutra. A iniciativa ampliará o debate sobre os direitos das mulheres para a comunidade escolar.

A área da educação em Paranaguá tem mostrado grande envolvimento em várias esferas, levando conhecimento a uma parcela da sociedade responsável por construir o futuro. Assim como o projeto “Doando que se Vive”, em parceria com o Ministério Público, que incentiva a doação de órgãos; a Secretaria de Educação mostra mais uma vez, com o “Educação pela Paz”, que não pretende ficar alheia aos temas que permeiam a sociedade e que precisam ser discutidos.

A violência contra a mulher é um tema urgente, haja vista a quantidade de mulheres que são vítimas de seus parceiros constantemente em todo o País. No fim deste mês, o Poder Judiciário local irá realizar o 4.º júri popular sobre feminicídio, mostrando agilidade na resolução dos casos e dando a devida justiça e amparo às famílias que perderam mulheres por motivos banais.

A primeira edição do projeto vai abranger quatro escolas, localizadas em bairros com altos índices de violência. No entanto, espera-se que os objetivos sejam alcançados e mais escolas e estudantes possam estar conscientes sobre a violência contra a mulher, levar apoio para dentro de casa e reforçar o compromisso da juventude com as mudanças que a sociedade precisa.

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