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Economia

Vendas de Páscoa devem ser 2,8% maiores que no ano passado

Varejo deve faturar R$ 2,49 bilhões com a data comemorativa neste ano

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Uma projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontou que as vendas de páscoa devem ser 2,8% maiores quando comparadas com o ano passado. O varejo voltado para a Páscoa deve totalizar R$ 2,49 bilhões em 2023. Neste ano, a data é celebrada no dia 9 de abril.

O terceiro avanço anual das vendas de Páscoa ainda se insere no contexto de retomada do consumo pós-pandemia. Em 2020, o volume de receitas do varejo registrou o menor patamar de vendas em 10 anos. Assim, apesar do aumento no faturamento real esperado na data neste ano, o montante financeiro gerado deverá ficar 2,7% abaixo do volume observado na data de 2019.

“Gradativamente, a retomada da economia vai se robustecendo e reaquecendo o varejo”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros. Segundo ele, a Páscoa representa a sexta data comemorativa mais relevante do calendário do varejo nacional. “A tendência é que as perdas provocadas pela pandemia sejam revertidas a partir da melhoria do contexto macroeconômico”, aponta Tadros.

Bacalhau

“Um indicativo da expectativa do varejo para essa data costuma ser a importação de produtos típicos”, aponta o economista da CNC responsável pela apuração, Fabio Bentes. De acordo com registros da Secretaria de Comércio Exterior, tabulados pela Confederação, foram importadas 2,76 mil toneladas de chocolates, um avanço de 6,5% em relação ao ano passado, mas ainda abaixo das 3 mil toneladas de 2020. Por outro lado, o bacalhau, produto tipicamente importado nesta época do ano, teve recuo de 32,7% no comparativo com a Páscoa de 2022.

Conforme Bentes, a valorização do real compensou parcialmente a alta nos preços internacionais desses produtos. Às vésperas da Páscoa de 2022, a taxa de câmbio era de R$ 5,25 para US$ 1. Atualmente, houve recuo de quase 2% (R$ 5,15 para US$ 1). No entanto, o preço de importação do bacalhau subiu 85,9% e o dos chocolates, 10,9%.

“A queda nas importações do pescado, na contramão do aumento das quantidades importadas de produtos à base de chocolate, é um indício de que o varejo pode estar apostando na melhor saída de produtos mais baratos”, analisa Fabio Bentes.

Ele aponta que a cesta de bens e serviços relacionada à Páscoa (chocolates, pescados diversos, bacalhau, bolo, azeite de oliva, refrigerantes, vinhos e alimentação fora de casa) está 8,1% mais cara do que em 2022 por conta do IPCA-15, que está na casa de 5,5%. Os preços dos bolos e chocolates apresentam uma tendência de alta de 15,9% e 13,9% nos últimos doze meses.

Lançamentos de chocolates

Neste ano, as gôndolas nos pontos de vendas e o e-commerce estão ainda mais recheados com os lançamentos para o período da Páscoa, que será celebrada em 9 de abril. De acordo com levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), serão 440 itens oferecidos pelas empresas associadas à Entidade para a data em 2023, sendo 163 lançamentos, resultado de novas parcerias, ingredientes, formatos, sabores e combinações de produtos.

A indústria de chocolates apresenta um portfólio robusto para atender aos mais diversos paladares. O mercado oferece, além de ovos de Páscoa, outros produtos de chocolate com diferentes intensidades, como ao leite, diferentes percentuais de cacau, branco, mesclado e, claro, apostas em embalagens diferenciadas para presentes.

E para responder à demanda e às preferências do público, o setor e a indústria passam por um longo período de preparação, de cerca de um ano e meio antes para a data. Em relação a 2022, esse longo trabalho das indústrias registrou mais de 10 mil toneladas de ovos e produtos de Páscoa, o que demonstra um crescimento de 13% na produção quando comparado com 2021.

De acordo com o presidente da Abicab, Ubiracy Fonsêca, as indústrias se preparam com antecedência para garantir que os consumidores tenham acesso aos produtos e mantenham as tradições da data. “A Páscoa é uma data muito especial para os brasileiros e fundamental para o setor, e nesse período há grande intenção de compra dos produtos de chocolates. Por este motivo, as empresas inovam sempre na ampliação dos seus portfólios. Com uso de tecnologia e matéria-prima de qualidade, a indústria de chocolate está cada vez mais consolidada, sinalizando todo o seu potencial”, finalizou Fonsêca.

Com informações da CNC e Abicab

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