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Economia

Indústria mineral cresce 27% e movimenta R$ 48,3 bilhões na economia do Paraná

O montante corresponde a 9,41% do Valor Adicionado Fiscal (VAF) do Paraná

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Imagem mostra local onde há extração mineral
Em número de estabelecimentos e de empregos, as indústrias de extração mineral e a de produtos de minerais não metálicos participaram, em 2022, com 4,8% dos empregos / Foto: Renata Stygar

Os segmentos da indústria mineral do Paraná participaram com R$ 48,35 bilhões na economia do Paraná em 2022, um incremento de 27% em relação a 2021, quando o setor movimentou R$ 37,81 bilhões.

O montante corresponde a 9,41% do Valor Adicionado Fiscal (VAF) do Paraná, que soma a Fabricação de Coque, de Produtos Derivados do Petróleo e de Biocombustíveis, Fabricação de Produtos de Minerais Não Metálicos e Indústrias Extrativas de Minerais.

Esses são os dados mais recentes e constam no Informe Mineral 02/2024 , divulgado nesta terça-feira, 11, pela Divisão de Geologia/Diretoria de Gestão Territorial – do Instituto Água e Terra (IAT), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável (Sedest).

A extração de minerais não metálicos está presente em 163 municípios do Estado. As cinco principais cidades na composição do VAF da indústria extrativa de minerais não metálicos em 2022 foram: Rio Branco do Sul (19,7%); Almirante Tamandaré (8,8%), Castro (6,6%), Ponta Grossa (5,8%) e Quatro Barras (5%) que responderam por 45,9% do total.

Em número de estabelecimentos e de empregos, as indústrias de extração mineral e a de produtos de minerais não metálicos participaram, em 2022, com 4,8% dos empregos industriais (35.902 vagas) e com 8,2% dos estabelecimentos industriais (3.230 unidades).

“A indústria mineral do Paraná tem como principal característica a produção de bens minerais não metálicos que são transformados no próprio Estado para atender os segmentos da construção civil e da agricultura”, afirma o geólogo do IAT, Marcos Vitor Fabro Dias.

No Paraná, a extração de minerais não metálicos engloba a exploração de areia; rochas para produção de brita e ornamentais; rochas carbonáticas para a produção de cimento, cal, corretivo agrícola e outros usos; argilas para as indústrias de cerâmica vermelha (produtora de tijolos e telhas), cerâmica branca (produtora de revestimentos, louças de mesa e sanitária), de materiais refratários utilizados especialmente para revestimento de fornos e outros usos; além de água mineral; fluorita; talco, cascalho, saibro; seixos; feldspato; argilito; filito e serpentinito.

Mineração Fiorese, em Rio Branco do Sul: cidade se destaca na extração mineral. / Foto: Renata Stygar

INDUSTRIALIZAÇÃO

Na fabricação de Produtos de Minerais Não Metálicos, foram 300 os municípios paranaenses com participação no Valor Adicionado Fiscal (VAF), com destaque para Rio Branco do Sul (23,6%), Balsa Nova (12,3%), Campo Largo (9,1%), Adrianópolis (8,1%), Colombo (6,7%), Curitiba (5%), São José dos Pinhais (3,8%), Castro (2,1%), Itaperuçu (2,1%) e São Mateus do Sul (2%).

Na composição do VAF das Indústrias Extrativas de Minerais (R$ 1,94 bilhão), a Extração de Minerais Não Metálicos é responsável por 70,83%, e está presente em 163 municípios. A Extração de Petróleo e Gás Natural participou com 22,55%, referentes à exploração do xisto pirobetuminoso em São Mateus do Sul e gás natural em Pitanga; e de Extração de Minerais Metálicos com 3,63%, produto da exploração de ouro e prata em Campo Largo. A Extração de Carvão Mineral corresponde a 1,79%, em Figueira, no Norte Pioneiro. Por fim, as atividades de apoio à Extração de Minerais aparecem com 1,20%, presente em apenas dez municípios.

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Em 2022, o Valor Adicionado Fiscal (VAF) da Fabricação de Produtos de Minerais Não Metálicos (R$ 4,11 bilhões) correspondeu a três vezes o VAF da Extração de Minerais Não Metálicos (R$ 1,37 bilhão). Ou seja, a transformação da matéria-prima mineral resultou em três vezes o VAF do insumo mineral, mais serviços tributáveis pelo ICMS.

Fonte: AEN

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