A onda de calor neste início de ano está provocando o aumento do consumo de energia no Paraná. Na primeira quinzena de janeiro, a demanda total de energia foi a maior para o período nos últimos cinco anos, 2,4% a mais que em 2018.
Em Foz do Iguaçu, cidade que historicamente apresenta a maior média de consumo de energia no Estado no verão, o aumento médio na demanda foi de 5,18% – praticamente o dobro de toda a região Oeste, com 2,6%. As regiões Norte e Noroeste apresentaram crescimento de 2,5%, a Centro-Sul 2,3% e a Região Leste, de 1,9%.
No Brasil, a onda de calor provocou quatro recordes sucessivos na demanda de energia no Sistema Interligado Nacional nas duas primeiras semanas do ano, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O pico anterior havia sido registrado em 2014.
Os números refletem, principalmente, o crescimento no uso de aparelhos de ar-condicionado para refrigeração de residências e shopping centers, no comércio de rua e na indústria. “Com preços cada vez mais acessíveis, o uso destes equipamentos passou a fazer parte da rotina da maioria das famílias paranaenses”, disse o gerente de Inovação da Copel, Gustavo Klinguelfus. “No entanto, é preciso ter em mente que, dependendo da sua potência, eles podem trazer um aumento significativo no consumo de energia”, afirmou.
DICAS
Um aparelho de ar-condicionado ligado oito horas por dia chega a consumir 324 kWh no mês, algo como R$ 250 a mais na conta de luz. Assim, é importante buscar o uso eficiente da energia elétrica sempre que possível. Conheça algumas dicas:
Regule o termostato do ar-condicionado para uma temperatura ambiente que proporcione conforto, sem excessos. Limpe ou troque os filtros periodicamente. Utilize cortinas e persianas e mantenha fechadas as portas e janelas nos ambientes durante o período de uso. E dê preferência aos equipamentos com Selo Procel, que indica uma boa eficiência energética.
Cada vez que a porta da geladeira é aberta, o ar quente entra, acionando o motor para restabelecer a temperatura interna. Evite abri-la com frequência, e cheque as borrachas de vedação.
Acione lâmpadas apenas quando a iluminação natural for insuficiente. Desligue-as quando não estiver no ambiente e prefira as fluorescentes compactas e LED com selo Procel.
A instalação elétrica deve ter uma fiação adequada para cada unidade consumidora, evitando sobrecargas que geram aquecimento. Fios desencapados ou emendas mal-feitas também provocam perda de energia em forma de calor. Para identificar as chamadas “fugas de corrente”, desligue todas as luzes, retire os aparelhos das tomadas e verifique o medidor de energia – se ele continuar se movendo, chame um eletricista.
Fonte: AEN