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Direito & Justiça

Paraná registrou aumento de 3,8% nos inquéritos de feminicídio em 2020

A pesquisa constatou que houve momentos de pico de violência contra a mulher durante o isolamento social

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Paraná registrou aumento de 3,8% nos inquéritos de feminicídio em 2020

No primeiro mês de 2021, a cada dois dias, foi registrado um caso no Estado

Se o ano começou alarmante quanto à violência contra as mulheres, em 2020 não foi diferente. De acordo com dados do Ministério Público do Paraná (MPPR), houve aumento de 3,8% nos inquéritos de feminicídio no Estado em 2020: foram 217 ocorrências no ano passado, contra 209 em 2019. Já o número de denúncias de um ano para outro diminuiu: passou de 176 em 2019 para 154 em 2020. Uma das causas dessa diferença entre denúncias e inquéritos é a dificuldade que as mulheres podem ter encontrado durante a pandemia, que exigiu confinamento social.

Em Paranaguá, na quinta-feira, 4, um caso de feminicídio foi registrado no Jardim Social, onde o ex-companheiro teria assassinado uma jovem de 19 anos a golpes de facadas.

Levantamento

Cinco Estados brasileiros tiveram juntos, em 2020, 449 casos de feminicídio, ou seja, assassinato de mulheres cometidos em função da vítima ser do gênero feminino. A constatação é da Rede de Observatórios da Segurança, que monitora a violência nos Estados de São Paulo, Pernambuco, da Bahia, do Rio de Janeiro e Ceará.  

O estudo, publicado na quinta-feira, 4, mostra ainda que foram registrados 1.823 casos de violência contra a mulher (incluindo os feminicídios) nesses locais, o que dá uma média de cinco casos por dia. Em 58% dos casos de feminicídio e em 66% dos casos de agressão, os responsáveis eram os companheiros das vítimas.

O boletim A Dor e a Luta: Números do Feminicídio foi produzido a partir de notícias publicadas na imprensa e de postagens em redes sociais. Em pelo menos três Estados, São Paulo, Pernambuco e Ceará, os registros feitos pela Rede de Observatórios da Segurança foram maiores que os números oficiais, divulgados pelas polícias.

De acordo com o estudo, o crime com maior número de registros foi agressão/tentativa de feminicídio (753); seguido por feminicídio; homicídio, isto é, o assassinato em que não foi possível constatar que a motivação era o gênero da vítima (298); violência sexual/estupro (217); agressão verbal/ameaça (98); tortura/sequestro/cárcere privado (81); tentativa de homicídio (43); outros (37); e balas perdidas (31).

Fonte: Agência Brasil e MPPR

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