Direito & Justiça

Filipino acusado de feminicídio irá a júri popular em novembro

Justiça confirmou data em que o principal suspeito pela morte de Cláudia Helena Gaspar, de 39 anos, será julgado

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Um dos casos de feminicídio que mais repercutiu no litoral do Paraná nos últimos meses foi o assassinato de Cláudia Helena Gaspar, de 39 anos, em sua residência no bairro Rocio. O júri popular está marcado pela Justiça para o dia 29 de novembro, momento que deve pôr fim ao caso e dar uma resposta à sociedade sobre um dos homicídios contra a mulher registrados em Paranaguá.

O ASSASSINATO NO ROCIO

A Polícia Militar foi acionada na noite de 20 de março deste ano, por volta das 21h30, para atender à ocorrência de um assassinato. Os policiais encontraram no local o corpo de Cláudia, ensanguentado e sem roupas. A mulher era garçonete e trabalhava em uma casa noturna nas imediações do bairro onde morava.

arte(11)Restituição do crime aconteceu em meados de agosto deste ano. Fotos: Arquivo

O principal suspeito da morte de Cláudia é Rodney Aribal Carvajal, de 32 anos, morador nas Filipinas e tripulante do navio MV Star Lygra. Ele foi detido pelas autoridades e encaminhado para a 1.ª Subdivisão Policial. O Instituto de Criminalística averiguou que próximo ao corpo de Cláudia estavam os documentos do tripulante.

CASOS DE FEMINICÍDIO EM ANDAMENTO NA VARA CRIMINAL

Em março de 2017, Rosenir Mendes Costa, de 41 anos, foi assassinada pelo companheiro Altamir Pereira de Oliveira, de 42 anos, com um golpe de chave de fenda no abdômen. O crime ocorreu na Ilha dos Valadares e a mulher já sofria com violência doméstica. Este caso de feminicídio também irá a júri popular, mas a data ainda não foi confirmada.

Outros quatro casos estão na fase de audiências de instrução em Paranaguá, momento em que o juiz ouve os argumentos de todas as partes envolvidas e suas testemunhas para solucionar o problema antes da sentença.

Na 1.ª Vara Criminal, são duas ações penais relacionadas a feminicídio. Um dos desfechos que se busca é para o crime que tirou a vida de Renata Lopes Cordeiro, de 24 anos, assassinada pelo marido Bruno Patrick Gonçalves, de 20 anos, por um disparo de arma de fogo na cabeça após um desentendimento do casal. O crime aconteceu em junho do ano passado.

O segundo caso de feminicídio em andamento é sobre a morte de Ana Paula Fernandes, de 31 anos, em abril deste ano. Ela foi morta a facadas também pelo marido, Jeferson Ribas de Souza, o qual tentou suicídio após o crime, mas foi socorrido pelo Samu e encaminhado ao Hospital Regional do Litoral.

Pela 2.ª Vara Criminal outras duas ações penais estão em processo para se chegar à resolução dos casos e punir os responsáveis. Uma delas envolveu, em novembro de 2017, a vítima Odete Ellyz dos Santos, de 54 anos, encontrada morta com marcas de ferimentos na cabeça e pelo corpo. Barras de ferro foram encontradas pelo chão e possivelmente foram utilizadas para cometer o crime. O namorado de Odete foi preso em um posto de combustível em Porto União, Santa Catarina.

Em maio deste ano, outro homicídio chocou Paranaguá e já está em andamento na 2.ª Vara Criminal. A vítima foi uma adolescente de 17 anos, assassinada pelo ex-namorado, Adriano Lima de Araújo, de 28 anos, com golpes de facão. Ele ainda feriu a mãe da vítima que foi internada em estado grave no Hospital Regional do Litoral.

foto2juriJúri popular está marcado pela justiça para o dia 29 de novembro

LEGISLAÇÃO

A Lei 13.140, aprovada em 2015, conhecida como a Lei do Feminicídio, propiciou que os crimes de homicídios contra a mulher quando se refere à violência doméstica ou discriminação à condição de mulher, sejam qualificados. A pena é de 12 a 30 anos de reclusão.

Fotos: Arquivo

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