O artesanato é uma das artes mais antigas do mundo. Ele foi parte, por exemplo, do Renascimento Comercial, um período que marcou a transição da Idade Média para a Era Moderna, mas já existia bem antes disso. O artesão é, portanto, um artista.
O litoral do Paraná é repleto de artesãos, que realizam seus trabalhos e expõem em feiras organizadas pela ao longo do ano. Em Paranaguá, há o grupo Mercado Criativo, que é um coletivo de artesãos locais que disponibilizam diversos produtos.
A artesã Margareth Rodrigues Gaspar Corrêa, conhecida como Marga, se apresenta como uma mulher feliz, esposa, mãe de três meninas, avó e artesã. Ela é uma das integrantes do Mercado Criativo e, juntamente com outras artistas, reforçam o empreendedorismo feminino na cidade.
Marga destacou que essa vontade pelas artes começou desde criança. “A arte nasceu aos 8 anos de idade com as artes escolares e com o primeiro contato com a agulha de crochê e, desde então, estamos até hoje”, disse.
O empreender artesanal apresenta uma fronteira tênue entre o universo das artes e o dos negócios. É onde moram os fazedores que se dedicam à própria arte ao mesmo tempo que cuidam da sustentação de si e da ponte que criam para oferecer seus fazeres ao mundo.
Ao questionada pela Folha do Litoral News, Margareth disse se, atualmente, há ainda preconceito acerca do empreendedorismo feminino. “Creio que preconceito não. Hoje estamos em tempos modernos. Tudo se torna mais fácil. O crescimento está caminhando nas proporções certas. A valorização é essencial”, comentou.
Além da atuação no ramo do artesanato, a artista parnanguara pontuou suas demais responsabilidades tem no dia a dia e que, mesmo assim, consegue dar conta de tudo, dentro de um planejamento. “Tenho as responsabilidades de um lar, direcionar uma família, faço voluntariado, algo que me torna cada dia mais feliz em poder fazer alguém feliz. E, agora, a loja que graças a Deus está tudo bem”, relatou Margareth.
A valorização do trabalho manual vem ganhando destaque em eventos diversos nos últimos tempos. Assim como a Margareth, outras mulheres buscam no artesanato a principal renda ou uma renda extra. “A dica que eu dou para quem quiser iniciar nesse ramo é primeiro fazer o que a torna feliz. Elaborar o que faz de melhor com dedicação e carinho sempre. Posso afirmar que sou uma mulher realizada”, finalizou a artesã.