Pais e filhos que estão separados pela distância e unidos pelo coração também vão comemorar a data no domingo, 10. A história de Marcio Pontes, morador na Ilha dos Valadares, é um exemplo disso.
Marcio é policial militar e produtor cultural. Ele conviveu com o filho nos dois primeiros anos da criança. Após isso, Marcio aprendeu a conviver com a saudade do seu único filho, Caio Pontes, que hoje está com 10 anos.
“Após a separação da mãe dele, também houve a separação do meu garotinho, mas, mesmo longe, permanecemos próximos com a ajuda da tecnologia e até mesmo das inúmeras viagens feitas, a fim de amenizar o sofrimento causado pela distância”, conta o pai.
Marcio ressalta ainda que no início foi muito difícil, e chegava a viajar até duas vezes por mês para o Rio Grande do Sul, local onde a ex-esposa e o filho foram morar. “Cada vez que chegava lá era como se completasse o meu tanque de combustível e as despedidas eram dolorosas, e assim fui aprendendo que era um ciclo e iria se repetir por muito tempo. Diariamente chamadas de vídeo, mimos via correio, pensão em dia, atributos e responsabilidades que um pai, mesmo ausente, cumpre com suas obrigações”, ressalta.
Com a pandemia, as viagens deixaram de acontecer. Os encontros passaram a ser apenas por chamadas de vídeos. “São meses sem um abraço apertado e sem ‘dormir agarradinho’ frase que o próprio Caio criou, para tentarmos repor os dias ausentes. Carinho, amor e ausência formam uma combinação que só quem vive pode explicar. Saudades do meu garotinho Caio e, se Deus quiser, um dia estaremos juntos novamente com mais intensidade. Eu o amo incondicionalmente. O amor de pai jamais irá acabar, independente se vivem juntos ou não”, finaliza Marcio.