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Cultura

Iniciadas as oficinas de fandango na Associação de Cultura Popular Mandicuera

Oficinas são gratuitas e ocorre na sede da associação, na Ilha dos Valadares

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Fotos: Associação Mandicuera

A Associação de Cultura Popular Mandicuera, na Ilha dos Valadares, iniciou neste mês de outubro as oficinas gratuitas em sua sede, para que os interessados possam aprender a tocar fandango caiçara, construir instrumentos, além de entrar, quem sabe, para a Orquestra Rabecônica do Brasil.

“A Associação de Cultura Popular Mandicuera e a UFPR promovem oficinas de capacitação de música caiçara e construção de instrumentos com objetivo de formar novos agentes na cultura caiçara e novos integrantes para a Orquestra Rabecônica do Brasil”, informou a associação, destacando a parceria com a Universidade Federal do Paraná neste projeto.

De acordo com a Associação Mandicuera, Paranaguá tem a primeira Orquestra Rabecônica do Brasil, formada por tocadores de rabeca, que é o instrumento tradicional da cultura caiçara. Em sua sede, ocorrem as oficinas gratuitas.

As oficinas são gratuitas e tem a realização da Associação de Cultura Popular Mandicuera; UFPR; UFPR Setor Litoral e Escola de Educação Popular Mandicuera

Segundo a organização, a oficina para construção de instrumentos foi adiada para o mês de novembro. Os interessados em participar das oficinas podem realizar a inscrição on-line através do link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSd4Se-8upG-y8UogGM_zz2ud0dWY0vOowhba0iYtuZoqEbHhA/viewform?fbclid=PAAaa9Auw3zpgT1RzaHHtuqfw6DBSsoul2g9D0WtPcgycbumDQncqmCz2hu1w

“Teremos oficinas de construção de instrumentos, que é muito importante essa questão para a gente difundir a técnica de construir instrumentos. O fandango, as romarias e o boi de mamão dependem dos instrumentos, se não tiver instrumento não tem salvaguarda de fandango, não tem fandango em escola, não tem nada. Por isso que estamos atuando na construção de novos construtores de instrumentos”, destacou o mestre fandangueiro, Aorélio Domingues, informando que as inscrições continuam abertas.

OFICINA

A oficina de Fandango Caiçara, que iniciou em outubro, é voltada para crianças, jovens e adultos. Para crianças de 6 a 10 anos, as aulas são realizadas às quartas-feiras, das 9h às 10h30. Já para jovens e adultos, a partir de 12 anos, as oficinas serão às quartas-feiras, das 19h às 21h.

“Temos aula para ensinar a tocar, tanto quem aprende a tocar tem a possibilidade, de no futuro, vir trabalhar com a gente na construção de instrumentos. No futuro pretendemos abrir vagas de trabalho mesmo, assim como aqueles que aprenderem a tocar vão integrar a Orquestra Rabecônica do Brasil”, explicou Aorélio.

Alunos participam de aulas de música caiçara na sede da associação

As oficinas são gratuitas e tem a realização da Associação de Cultura Popular Mandicuera; UFPR; UFPR Setor Litoral e Escola de Educação Popular Mandicuera.

Para mais informações os interessados devem entrar em contato pelo telefone: (41) 98450-0170.

FANDANGO CAIÇARA 

O Fandango Caiçara é Patrimônio Cultural do Brasil desde novembro de 2012. Expressão musical-coreográfica-poética e festiva que ocorre no litoral norte do estado do Paraná e litoral sul do estado de São Paulo, possui um conjunto de práticas que envolvem trabalho, divertimento, religiosidade, música e dança, prestígios e rivalidades, saberes e fazeres.  É uma prática de reiteração de identidade e determinante dos padrões de sociabilidade local.

Para as comunidades rurais e de pescadores estabelecidas neste território, o lugar do fandango em suas vidas vincula-se à organização do trabalho comunitário – o mutirão – e também, a todo conjunto de laços de sociabilidade produzidos na região.

O Fandango está presente em casamentos e batismos, festas de santos padroeiros e aniversários, e nas alianças de ajuda mútua. Nos mutirões para o trabalho na terra, para erguer uma casa, “varar” uma canoa, fazer um lanço de tainha, ou nos preparativos para um casamento, o fandango era uma das contrapartidas oferecidas, junto com alimentação farta ao longo do dia e da noite, criando um circuito de trocas “intercomunitárias” muito sólidas. 

Com informações da Associação Mandicuera e Iphan

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