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Coronavírus

Vacina e prevenção protegem contra a Ômicron, variante mais transmissível da Covid-19

“Ter Covid-19 não é suficiente para se proteger contra a variante”, afirma o Butantan

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Foto: NIAID

A variante Ômicron da Covid-19 já é a prevalente em todo o cenário mundial e nacional, incluindo o Paraná e o litoral, algo que trouxe um aumento de casos da doença visto o índice maior de transmissibilidade da cepa. Segundo o Instituto Butantan, as formas de proteção contra a doença já são conhecidas e estão disponíveis para a população, entre elas, principalmente a vacinação contra o Coronavírus, visto que os imunizantes utilizados no Brasil são eficazes e seguros contra a doença. A entidade científica trouxe na segunda-feira, 7, uma série de constatações a respeito da doença e da Ômicron, reforçando que se contaminar com o Coronavírus não garante proteção contra a variante, bem como defendendo a prevenção ao vírus com uso de máscara e higienização.

“A variante ômicron do vírus SARS-CoV-2 (B.1.1.529) foi detectada na África do Sul e considerada uma variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 26/11/2021. Desde então, se espalhou pelo mundo: em meados de janeiro, já era a cepa predominante no planeta, tendo provocado um aumento no número de casos de Covid-19 por onde passou. No Brasil, ela causou um recrudescimento na pandemia, interrompendo um movimento de queda no número de casos e mortes causadas pelo SARS-CoV-2”, explica a assessoria. 

Segundo o Butantan, a variante é muito mais transmissível que as outras variantes do SARS-CoV-2, possuindo mais de 30 mutações na proteína Spike, que possui o papel de levar o vírus  para dentro do organismo humano. “Algumas dessas mutações estão associadas ao potencial de escape imune humoral e maior transmissibilidade. Além disso, ela infecta mais rapidamente os tecidos do trato respiratório superior em vez dos pulmões, o que também contribui para que se dissemine com mais facilidade. Como em muitos casos a ômicron causa doença leve, isso pode resultar em uma menor taxa de detecção e, portanto, contribuir ainda mais para a transmissão. A subvariante BA.2 é ainda mais contagiosa, porém demonstra ter a mesma severidade da ômicron original, afirmou recentemente a Organização Mundial da Saúde (OMS)”, complementa.

Vacina e proteção contra a Ômicron

De acordo com a assessoria, dados do Ministério da Saúde (MS), por meio do Painel Coronavírus, apontam que entre 26/12/2021 e 1/1/2022 foram registrados 22.283 novos casos de Covid-19 no Brasil e 670 óbitos. “Um mês depois, entre 23 e 29/1, já sob o efeito da disseminação da ômicron, foram 1.305.447 novos casos e 3.723 mortes. Ou seja: o número de casos aumentou 58 vezes, enquanto o crescimento na quantidade de mortes foi de cinco vezes”, detalha. 

“Especialistas são unânimes em atribuir essa diferença à vacinação: 70% da população brasileira já completou o esquema vacinal inicial contra a Covid-19. De acordo com pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), quase todas as mutações encontradas na Ômicron, exceto uma, haviam sido identificadas anteriormente em outras cepas, o que explica por que as vacinas têm sido eficazes contra ela”, explica o Butantan.

Desta maneira, segundo a Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido e o Conselho de Pesquisa Médica (MRC) da Unidade de Bioestatística da Universidade de Cambridge, “o risco de reinfecção por Covid-19 pela ômicron é seis vezes maior entre os não vacinados e cinco vezes menor entre vacinados”, detalha, reforçando a importância da imunização. A OMS aponta também que a maior parte das novas hospitalizações devido à Ômicron são de pessoas justamente que não se vacinaram. “A organização alerta que em locais onde há muita transmissão de Covid-19, a Ômicron se dissemina com velocidade sem precedentes, e que os não vacinados são os mais atingidos. Também enfrentam mais risco pessoas idosas e que tenham comorbidades”, acrescenta.

Proteção não se dá por meio da contaminação e sem vacina

“Já ter tido Covid-19 não é suficiente para se proteger contra a Ômicron”, diz o Butantan. A entidade afirma que estudo feito pela Universidade Médica Hebei, em Shijiazhuang, e do Instituto de Microbiologia e Epidemiologia de Pequim, na China, mostrou que indivíduos que tomaram as duas doses da CoronaVac e se infectaram com a variante Delta da Covid-19 estão protegidas contra a Ômicron, algo que “não acontece com quem teve a doença mas não tomou a vacina”, acrescenta. “Os níveis de anticorpos contra a cepa original de Wuhan e contra a nova variante no grupo vacinado foi significativamente maior do que o observado no grupo não imunizado”, relata, reforlando que evidências do Butantan e da Sinovac reforçam que a vacina CoronaVac funciona contra a Ômicron. 

Prevenção segue sendo essencial

De acordo com o Instituto Butantan, as medidas de proteção continuam sendo eficazes para diminuir a transmissão da Ômicron e da Covid-19. De acordo com a OMS, uso de máscara, distanciamento social, higienização das mãos com álcool em gel ou água e sabão, seguem sendo extremamente importantes para combater a disseminação da nova variante. “Além disso, é importante evitar espaços confinados ou aglomerações, tossir ou espirrar na dobra do cotovelo e ventilar os ambientes sempre que possível”, finaliza a assessoria.  

Com informações do Instituto Butantan

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