O Ministério da Saúde recomenda que os testes para diagnóstico de Coronavírus sejam solicitados pelos médicos somente em casos em que há suspeitos graves. A confirmação ou descarte da doença é um passo fundamental para estabelecer as medidas de controle que devem ser adotadas para evitar seu avanço e proteger mais pessoas. Por isso, o Ministério da Saúde vai enviar aos Estados e municípios mais testes, que devem chegar dentro de alguns dias.
Na terça-feira, 24, foi anunciado que serão distribuídos 22,9 milhões de testes para diagnosticar a Covid-19 no Brasil. São dois tipos diferentes de testes: aqueles que detectam o vírus na amostra (RT-PCR) e outros que verificam a resposta do organismo ao vírus (teste rápido de sorologia, quando são verificados os anticorpos, na resposta imunológica do corpo ao micro-organismo invasor). O ministério definiu a aplicação dos testes em profissionais de serviços de saúde e de segurança, além da verificação dos casos graves e óbitos.
Conforme cronograma divulgado, o prazo para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entregar cerca de 5 milhões de testes, dos dois tipos, terminou na segunda-feira, 30. A Petrobras fará a doação de 600 mil testes e a Vale do Rio Doce, de 5 milhões.
“Testando mais pessoas, o Brasil será o País que provavelmente terá o maior número de casos confirmados de Coronavírus porque será o que vai chegar mais próximo do número real de infectados”, disse o secretário nacional de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), explicou que os exames são realizados de acordo com o envio da amostra por parte dos municípios. “Cada município após análise clínica define a necessidade ou não de considerar o paciente como suspeito, caso seja, é coletada amostra do paciente e enviada ao Lacen”, afirmou, em nota.
Laboratórios credenciados
Segundo a Sesa, os exames no Estado levam até 72 horas para serem concluídos após o recebimento da amostra pelo laboratório (Lacen).
O decreto 4.261/2020 do Governo do Paraná normatizou o cadastramento dos laboratórios privados no Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública (SISLAB). Com isso, deixou de ser exigida a chamada contraprova pelo Lacen. Mas, para isso, é preciso que o laboratório privado que realizou ou realizará o teste esteja credenciado.
Uma vez habilitado, o laboratório privado se compromete a informar diariamente ao Centro de Informações Estratégicas e Respostas de Vigilância em Saúde do Estado do Paraná (CIEVS) os dados dos exames, inclusive dos casos suspeitos. Amostras de casos graves e ocorrências de óbitos devem ser enviadas ao Lacen imediatamente.
Com informações do Ministério da Saúde e Sesa.