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Coronavírus

Sesa se posiciona e emite nota sobre vacinação geral de adolescentes no Paraná

MS autoriza imunização do público com comorbidade e deficiência permanente

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Na tarde da quinta-feira, 16, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), emitiu parecer se posicionando sobre a Nota Informativa n.º 1/2021 do Ministério da Saúde (MS) e da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, que revisou recomendação de imunização contra o Coronavírus de todas as pessoas de 12 a 17 anos. Segundo o MS, a aplicação da vacina está autorizada apenas para adolescentes com deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade, devendo ser aplicado exclusivamente o imunizante Cominarty (Pfizer/Biontech).

“A Secretaria de Estado da Saúde aguarda o posicionamento definitivo sobre a aplicação de doses em adolescentes, também em razão da manifestação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que pede parecer da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a liberação dos imunizantes para todos os menores, conforme previsto inicialmente pelo Ministério da Saúde”, informa a nota da Sesa.

Segundo a pasta estadual, o Paraná não iniciou oficialmente a imunização de adolescentes contra a Covid-19, visto que as doses destinadas a este público serão carimbadas pelo MS e ainda não chegaram ao Estado. “A Sesa está seguindo rigorosamente o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e qualquer iniciativa que esteja desalinhada com as suas diretrizes implica em desorganização da estratégia de vacinação”, completa.

Ministério da Saúde

“A Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, na Nota Técnica n.º 40/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/MS, revisou a recomendação para imunização contra COVID-19 em adolescentes de 12 a 17 anos, restringindo o seu emprego somente aos adolescentes de 12 a 17 anos que apresentem deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade, apesar da autorização pela Anvisa do uso da Vacina Cominarty (Pfizer/Biontech)”, informa a nota do Ministério da Saúde. 

Segundo o MS, a decisão foi baseada nas seguintes premissas: “A Organização Mundial de Saúde não recomenda a imunização de criança e adolescente, com ou sem comorbidades; A maioria dos adolescentes sem comorbidades acometidos pela Covid-19 apresentam evolução benigna, apresentando-se assintomáticos ou oligossintomáticos; Somente um imunizante foi avaliado em ECR; Os benefícios da vacinação em adolescentes sem comorbidades ainda não estão claramente definidos; Apesar dos eventos adversos graves decorrentes da vacinação serem raros, sobretudo a ocorrência de miocardite (16 casos a cada 1.000.000 de pessoas que recebem duas doses da vacina);  Redução na média móvel de casos e óbitos (queda de 60% no número de casos e queda de mais de 58% no número de óbitos por covid-19 nos últimos 60 dias) com melhora do cenário epidemiológico”, detalha.

De acordo com a pasta federal, a orientação da “NOTA TÉCNICA 36/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/MS estabelecia que os adolescentes sem comorbidades seria o último subgrupo elegível para vacinação e somente vigoraria a partir do dia 15 de setembro. Outrossim, reafirmamos que Estados e Municípios sigam as orientações do Programa Nacional de Operacionalização da Covid-19”, complementa.

“Por fim, reiteramos que esta Secretaria, subsidiada pela Câmara Técnica Assessora de Imunização da Covid-19, revisará, sempre que necessário, suas recomendações, com base em dados de segurança e na evolução das evidências científicas”, finaliza o Ministério da Saúde.

Confira a nota do MS na íntegra:

Foto: Ilustrativa / Américo Antonio/Sesa – Arquivo

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