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Coronavírus

Risco de complicações por Covid-19 dobram para fumantes passivos

Além de ser causador de oito a nove entre dez casos de câncer de pulmão, o tabagismo representa um alto fator de risco na Covid-19 (Foto: EBC)

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Oncologista alerta sobre os malefícios do tabagismo

Não é de hoje que a comunidade médica alerta sobre os malefícios do cigarro para a saúde humana, entretanto, com a pandemia da Covid-19, uma síndrome respiratório aguda, o perigo do tabagismo é redobrado não só para fumantes, mas também para quem convive e acaba se tornando fumante passivo. Segundo o médico Roger Akira Shiomi, especialista em oncologia clínica e membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, fumantes passivos correm um maior risco de complicações caso contraiam a Covid-19.

“Além de ser causador de oito a nove entre dez casos de câncer de pulmão, o tabagismo representa um alto fator de risco para complicações da Covid-19”, explica o oncologista. Segundo ele, o fumante passivo, que convive de forma diária com pessoas que fumam habitualmente, algo que se reforçou com o distanciamento social e com cidadãos passando mais tempo em casa, corre tanto risco de ter complicações pela Covid-19 quanto os fumantes ativos.

De acordo com o médico, estudos comprovam que pessoas que convivem 25 anos com fumante ativo possuem duas chances mais de ter câncer. No caso dos fumantes passivos serem crianças, elas também se expõem a mais riscos de doenças. “Crianças que conviveram ou convivem diariamente com tabagistas, filhos ou parentes próximos, têm de duas a cinco vezes mais chance de desenvolver leucemia”, completa.

Segundo Shiomi, o tabaco é extremamente nocivo para quem testa positivo para o Coronavírus, pois há a inflamação nas vias respiratórias com uso da substância, algo que predispõe pessoas a terem mais infecções, o que piora nas doenças crônicas pulmonares e pode facilitar a gravidade do quadro da Covid-19 relativo à infecção. “Tabaco inclui cachimbo, cigarro de palha e narguilé. Os riscos são os mesmos. Todos eles têm milhares de substâncias químicas que vão atuar no funcionamento do material genético do nosso corpo. De forma prolongada, isso é maximizado. Justamente por causa dessas substâncias é tão difícil largar o vício”, detalha. 

O médico afirma que o período de pandemia reforça a necessidade de fumantes largarem o cigarro, algo que é possível, basta vontade, ajuda de especialistas e de medicamentos. “Primeiro, é necessário ter vontade de parar. Segundo, existem muitos grupos de apoio, tanto na rede pública como na privada, para que as pessoas tenham acesso ao tratamento”, afirma.

Com informações da Alep e TV Assembleia

 

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