Coronavírus

Portos do Paraná garantem segurança em todas operações

Este ano, 469 navios atracaram nos Portos do Paraná. Apenas no mês de março, até a última quinta-feira (19), foram 124 embarcações recebidas para carregar ou descarregar nos berços paranaenses. ...

Porto logística

Este ano, 469 navios atracaram nos Portos do Paraná. Apenas no mês de março, até a última quinta-feira (19), foram 124 embarcações recebidas para carregar ou descarregar nos berços paranaenses. Todos, sem exceção, passaram pelo controle e protocolo sanitários aplicados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 A Anvisa é um dos órgãos anuentes, ou seja, um dos agentes responsáveis por deliberar (consentir ou não) as operações nos terminais do Estado. Assim, ocorre em todo e qualquer porto.

 “A anuência da Anvisa, atestada pela Livre Prática, é um dos itens da nossa lista de checagem. Sem esta, o navio nem entra na nossa previsão de programação. A embarcação só é considerada quando está totalmente de acordo, com todas as exigências cumpridas”, afirma o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

Desde janeiro de 2020, a Portos do Paraná adota procedimentos mais rígidos no combate a Covid-19. “Mesmo antes do coronavírus ser considerado uma pandemia, já determinávamos quarentena dos navios vindos de áreas afetadas e fomos os primeiros portos do Brasil a exigir atestado de saúde também para os tripulantes que embarcariam em Paranaguá”, diz Garcia.

O chefe da unidade da Anvisa em Paranaguá, Roberto Busato, explica que o comandante deve informar a lista de toda a tripulação, com antecedência. “Eles têm que nos enviar a Declaração Marítima de Saúde, atualizada. Isso acontece com 100% dos navios anunciados. A omissão constitui infração sanitária”, afirma. Até hoje, segundo Busato, nunca teve recusa.

Caso seja informada ou constatada alguma anormalidade em relação ao estado de saúde da tripulação, a Anvisa, em conjunto com a Portos do Paraná, coloca em ação um plano de contingência específica, para cada situação.

CERTIFICADO

Como ainda detalha o representante local da Agência nacional, outro documento averiguado é o Certificado Sanitário de Bordo. Este, segundo Busato, tem validade de seis meses e deve ser mantido dentro do prazo. “Este outro documento atesta, além das condições gerais de saúde dos tripulantes, as condições de limpeza e desinfecção do navio, inexistência de pragas e as condições adequadas de manuseio e armazenamento dos alimentos a bordo”, acrescenta.

“Se esses dois documentos não estiverem OK, os navios não são autorizados a atracar e operar. Essa anuência é dada pelo Certificado de Livre Prática. Esta Livre Prática é uma condição sanitária que garante que o navio está em plenas condições sanitárias. Para os leigos, quer dizer que o navio está limpo”, diz Busato.

O chefe da Unidade local da Anvisa ainda ressalta que – mesmo seguindo todos esses protocolos preventivos – tanto a Agência, quanto a Autoridade Portuária e demais autoridades que atuam nos Portos do Paraná estão preparadas para atender qualquer situação adversa.

“Ainda que não seja visto pela população em geral, tudo é feito antecipadamente, preventivamente, para garantir a segurança sanitária durante as operações portuárias”, garante.

NAVIOS

Como explica o presidente do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Paraná (Sindapar), Argyris Ikonomou, os comandantes enviam essas informações sanitárias às Agências que, por sua vez, comunicam a Anvisa.

 “A Anvisa faz uma análise minuciosa dos documentos e, desde que não haja nenhum problema de saúde, condições de higiene ou sanitária a bordo, ela emite o certificado de Livre Prática para, só então, o navio atracar no porto e iniciar a operação”, confirma.

Pela própria declaração marítima de saúde e pelas informações que são recebidas dos comandantes dos navios, se tem uma noção do estado de saúde das pessoas a bordo. “É óbvio que o próprio comandante, se houver algum problema de saúde, seria um dos primeiros a informar as autoridades para que se tomem as providências. Até porque, a bordo está ele e todo os demais da tripulação e o problema seria coletivo e não individual. É interesse deles também”, comenta o agente.

Segundo o representante do Sindapar, os próprios armadores e comandos dos navios estão tomando, há tempos, todas as medidas preventivas.

E-MAIL

Em um email recebido por umas das agências marítimas, esta semana, o comandante do navio Mv Rosco Poplar, que carrega soja, no Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá, requisita o seguinte para os envolvidos na operação, em livre tradução:

 “Boa tarde prezados (as)

Aos envolvidos no MV Rosco Poplar, o próximo a atracar no 214, segue instruções do Comandante para atendimento a bordo:

Para todos os oficiais da Autoridade Portuária, trabalhadores da estiva que atenderão a bordo do meu navio para:

(1) Estarem bem protegidos com equipamentos de proteção, como máscaras faciais, luvas, etc.;

(2) Saudáveis e sem os sintomas da febre de qualquer grau, tosse ou dificuldade em respirar etc;

(3) Tentar manter a distância de 2 metros ou mais da minha tripulação;

(4) Tentar não entrar na acomodação da tripulação ou mínimo tempo de permanência, se for necessário entrar;

(5) Ter boa colaboração com vigia de portaló quando este for medir a temperatura do corpo e registrar no livro de visita do navio.

Agradecemos antecipadamente à todos os oficiais/Autoridades Portuárias e trabalhadores.

O comandante apreciará grandemente o entendimento e a boa cooperação na prevenção contra o COVID-19”.

Fonte: AEN

Foto: Portos do Paraná

Você também poderá gostar

Portos do Paraná garantem segurança em todas operações

Fique bem informado!
Siga a Folha do Litoral News no Google Notícias.