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Coronavírus

Ômicron é a variante presente em 95,9% dos genomas sequenciados no Brasil

Segundo a Fiocruz, análise foi feita entre 14 a 27 de janeiro

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Foto: Peter Ilicciev/Fiocruz

Na segunda-feira, 7, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), através da Rede Genômica Fiocruz, divulgou informações sobre linhagens e variantes da Covid-19 que estão circulando pelo Brasil. Segundo os dados, obtidos por meio de resultados da vigilância genômica da própria Fiocruz e outras iniciativas no País, em janeiro de 2022 a variante Ômicron representa 95,9% dos genomas sequenciados, número que era de 39,4% com relação à nova cepa em dezembro de 2021, algo que demonstra o avanço na transmissão em cerca de um mês, sendo que a cepa é dominante e se alastrou pelo Brasil rapidamente. 

“O Relatório da Rede mostra que a Ômicron domina completamente o cenário epidemiológico da Covid-19 no Brasil. A publicação também destaca inovações tecnológicas desenvolvidas pela Rede Genômica Fiocruz. Nas duas semanas (de 14 a 27 de janeiro) a que se referem os dados divulgados pela Rede, o Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e unidades da Fundação em seis estados (Amazonas, Ceará, Pernambuco, Paraná, Bahia e Minas Gerais) produziram 3.739 genomas. Cada uma das unidades de sequenciamento da Fiocruz (além das já citadas, há também uma no Piauí) atende uma ou mais Unidade da Federação (UF)”, afirma a Fiocruz.

De acordo com a fundação, os cientistas da Rede Genômica ressaltam que o monitoramento de vigilância é essencial e possível devido à colaboração e parceria com os Laboratórios Estaduais de Saúde Pública (LACENs) e da Coordenação-Geral de Laboratórios do Ministério da Saúde (MS). “Também a plataforma GISAID de depósitos de genomas da OMS contribui muito para que este depósito ocorra em tempo real”, completa a assessoria.

Segundo a Fiocruz, a amostragem utilizada possui base representativa dos casos positivos para SARS-CoV-2 por teste RT-PCR em tempo real realizados em cada estado do Brasil. Outra base é com relação às chamadas “amostras de eventos inusitados” identificadas pelas vigilâncias locais. “Há atualmente mais de mil linhagens definidas do vírus SARS-CoV-2, mas apenas 5 foram identificadas como variantes de preocupação, com impacto significativo na saúde pública, devido a características como maior capacidade de transmissão e infecção, maior capacidade de escape de anticorpos ou uma combinação destas”, detalha.

“Os primeiros genomas da Ômicron no Brasil são de amostras do fim de novembro e ao término de dezembro a variante já era a mais frequente nas regiões Sudeste, Nordeste e Sul. No momento, a Ômicron é classificada em quatro linhagens (BA.1, BA.1.1, BA.2 e BA.3). No Brasil, até o fechamento da nova edição do Relatório da Rede Genômica Fiocruz, foram identificadas as linhagens BA.1 (2.382 genomas), BA.1.1 (226 genomas) e BA.2 (1 genoma)”, explica a assessoria.

Nova plataforma e sistema

A Fiocruz, por meio de sua Rede Genômica, criou a plataforma denominada de ViralFlor. Ela possui como objetivo “mudar o cenário em que grupos de pesquisa trabalham de forma descentralizada, com diferentes ferramentas para obter e analisar as sequências”, diz a fundação. “O trabalho baseado em ferramentas dispersas consome tempo e exige que pesquisadores invistam no treinamento para utilização de vários serviços”, acrescenta.

Com informações da Fiocruz

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