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Coronavírus

Ocupação de leitos UTI Covid-19 no Paraná está em 61%, aponta Fiocruz

Fundação afirma que cenário nacional é de piora

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Foto: Fiocruz/Divulgação

Na quarta-feira, 26, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, emitiu Nota Técnica alertando sobre a piora na ocupação de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) para tratamento da doença em todo o Brasil. O indicador demonstra o cenário da pandemia no Brasil com a vinda da variante Ômicron. Segundo os dados da fundação, o Paraná está com 61% de ocupação dos leitos UTI Covid-19, sendo que o Estado está na zona de alerta intermediário, número que ainda não é de zona de alerta crítico, como observado em seis estados e o Distrito Federal.

O Paraná consta, junto com outros 11 estados, na zona de alerta intermediário de ocupação de leitos. Outros oito estados estão fora da zona de alerta, onde se incluem os estados vizinhos do Sul do Brasil: Rio Grande do Sul e Santa Catarina. “A situação é de piora, com muitos estados ampliando o número de leitos de UTI, e em 12 unidades da Federação (UF) houve um aumento nas taxas de ocupação. Das 27 UF, 6 estados e o Distrito Federal estão na zona de alerta crítico, 12 estados estão na zona de alerta intermediário e 8 estão fora da zona de alerta”, complementa.

Os pesquisadores do Observatório afirmam que a situação está nitidamente piorando, embora o avanço da vacinação ajude a desenhar um quadro diferente do de outros momentos mais críticos da pandemia. Como fica claro na Nota Técnica, com a grande transmissibilidade atual, com a variante Ômicron, mesmo um número inferior de casos que necessitam de internação em UTI gera números expressivos que pressionam o sistema de saúde.

Vacinação

Segundo a Fiocruz, a vacinação contra a Covid-19 fez com que indivíduos se tornassem pouco suscetíveis a internações pela doença, “mas idade avançada e comorbidades podem gerar vulnerabilidades”, observa. “Até porque, uma parte considerável da população ainda não recebeu a dose de reforço e outra parcela nem foi vacinada. Diante desse quadro, e em meio a estação mais quente do ano, que é também um período de férias que favorece aglomerações, a Nota Técnica reforça a importância de avançar na vacinação e endurecer a obrigatoriedade do uso de máscaras e do passaporte vacinal em locais públicos”, explica a fundação.

“Os pesquisadores também sugerem a promoção de campanhas de orientação à população e o autoisolamento quando do aparecimento de sintomas”, completa a assessoria.

Estados e ocupação

“A situação é de piora, com muitos estados ampliando o número de leitos de UTI, e em 12 unidades da Federação (UF) houve um aumento nas taxas de ocupação”, afirma a Fiocruz (Arte: Fiocruz/Divulgação)

De acordo com o Observatório, Pernambuco (81%), Espírito Santo (80%) e Goiás (82%) “se mantiveram na zona de alerta crítico, juntando-se a eles Piauí (82%), Rio Grande do Norte (83%), Mato Grosso do Sul (80%) e Distrito Federal (98%)”, acrescenta. “Na zona de alerta intermediário permaneceram Amazonas (75%), Roraima (70%), Pará (76%), Tocantins (77%), Ceará (75%) e Bahia (67%) e entraram Rondônia (65%), Amapá (69%), Rio de Janeiro (62%), São Paulo (66%) e Paraná (61%), que estavam fora da zona de alerta. Mato Grosso (78%) deixou a zona de alerta crítico e também ingressou na zona de alerta intermediário”, afirma a fundação.

Curitiba em zona de alerta intermediário

A capital do Paraná, Curitiba, que serve de critério para a situação pandêmica em todo o Estado, está com 71% de ocupação dos leitos UTI Covid-19, constando na zona de alerta intermediário junto com Manaus (75%), Boa Vista (70%), Palmas (69%), São Luís (64%), Teresina (percentual estimado em 79%), Maceió (65%), Salvador (67%), Vitória (77%), São Paulo (71%), Florianópolis (69%), Porto Alegre (60%), Campo Grande (79%) e Goiânia (75%). “Entre as 25 capitais com taxas divulgadas, 9 estão na zona de alerta crítico: Porto Velho (89%), Rio Branco (80%), Macapá (82%), Fortaleza (93%), Natal (percentual estimado de 89%), Belo Horizonte (95%), Rio de Janeiro (98%), Cuiabá (89%) e Brasília (98%)”, finaliza a Fiocruz.

A nota técnica da Fiocruz pode ser acessada no link: https://portal.fiocruz.br/sites/portal.fiocruz.br/files/documentos_2/nota_tecnica_observatoriocovid19_2022-01-26.pdf .

Com informações da Fiocruz

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