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Coronavírus

Número de acidentes domésticos cresceu na pandemia

Atendimentos aumentaram mais de 110%

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Quedas, queimaduras, afogamentos, intoxicações e sufocamentos são alguns dos acidentes que podem ocorrer dentro de casa, local que se imagina ser o mais seguro. Durante os meses em que as restrições e a necessidade de isolamento social eram mais exigidas pelas autoridades, ficar em casa era a melhor opção para evitar o contágio pelo novo Coronavírus.

Com essa medida necessária em meio a pandemia, cresceu o número de acidentes domésticos. Uma pesquisa do Ministério da Saúde aponta que durante a pandemia o número de atendimentos de crianças, adolescentes e idosos vítimas de acidentes domésticos no SUS teve aumento de mais de 110%. 

Crianças

De acordo com a pediatra Ana Escobar, professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da USP, 90% desses acidentes poderiam ser evitados. 

“Durante a pandemia, os acidentes domésticos aumentaram muito. Porque as crianças ficam mais tempo dentro de casa. Os pais estão assoberbados com suas tarefas de trabalho e também as tarefas domésticas e nem sempre têm disponibilidade de ficar olhando as crianças e as casas podem, dependendo da circunstância, fornecer alguns riscos para as crianças. É muito importante ter esses números para dimensionar como a casa deve ter cuidados especiais quando se tem crianças, principalmente crianças pequenas”, afirmou a pediatra.

Cuidados

Para que a casa seja um ambiente seguro para as crianças, a pediatra elencou alguns cuidados como colocação de redes em todas as janelas, guardar produtos de limpeza e remédios fora do alcance das crianças, não deixá-los entrar no banheiro sozinhos, proteção nas escadas, tapetes que podem escorregar, além de ter atenção com outros objetos que possam representar perigo para este público.

“Tem que ver todas as possibilidades de acidentes para tentar evitar. A casa que tem criança pequena, geralmente com menos de dois ou três anos, precisa ser totalmente amiga da criança, no sentido de não oferecer risco nenhum para acidente”, destacou a pediatra.

Caso o acidente doméstico ocorra, dependendo da gravidade, é preciso levar a criança ao pronto-socorro, ligar para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ou para o Corpo de Bombeiros.

“Se foi uma queda, bateu cabeça, a criança vomitou ou ficou sonolenta, sempre tem que procurar um pronto-socorro. Se ocorrer queimadura e for muito extensa, também tem que procurar o pronto-socorro. Se houver ingestão de qualquer produto ou de remédio, também procurar o pronto-socorro. O que aconselho aos pais é que os acidentes podem ser sempre potencialmente graves, então, na dúvida, é bom conversar com o médico”, orientou a médica.

Com informações do Jornal da USP

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