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Coronavírus

Mais de 1,4 mil crianças já morreram por Covid-19 no Brasil

Dados foram obtidos por meio do Ministério da Saúde

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Foto: Prefeitura de Fortaleza/Divulgação

Na última sexta-feira, 7, o Instituto Butantan divulgou mais um comunicado defendendo a vacinação contra a Covid-19 de crianças com até 11 anos, alertando que até agora, a pandemia da Covid-19 já ocasionou 1.449 mortes de meninas e meninos desta faixa etária. Além disso, mais de 2,4 mil casos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), sequela associada ao Coronavírus, já foram contabilizados no País, condição de saúde grave, com possibilidade de óbito. Os dados foram obtidos por meio do Ministério da Saúde (MS).

“A Covid-19 está entre as dez principais causas de morte de crianças entre cinco e 11 anos no Brasil – atrás apenas dos acidentes de trânsito”, alerta o Butantan, com informações da pasta federa. “A vacinação desse público é estratégia importante para reduzir o número de mortes por conta da Covid-19 nessa faixa etária no Brasil, cujos indicadores são mais expressivos do que em outras nações”, afirma em nota a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Outra entidade renomada que defendeu a imunização de crianças foi a  Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), que afirmou em nota que “nenhuma morte de crianças é negligenciável”. “É inadmissível testemunhar crianças serem hospitalizadas e que faleceram por doenças preveníveis por vacinas”, completa.

SRAG

De acordo com o Sivep-Gripe, plataforma do Ministério da Saúde que reúne dados sobre os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 no Brasil, “em 2020, 10.356 crianças entre zero e 11 anos foram notificadas com o problema, das quais 722 evoluíram para óbito”, acrescenta. “Em 2021, o total de notificações subiu ainda mais e atingiu 12.921 ocorrências da síndrome respiratória na mesma faixa etária, com 727 mortes. No total, são 23.277 casos de SRAG por Covid-19 e 1.449 mortes desde o início da epidemia até dezembro de 2021”, informa.

“Entre as crianças de cinco a 11 anos, houve 2.978 casos de SRAG por Covid-19, resultando em 156 mortes. E em 2021, já foram registrados 3.185 casos nessa faixa etária, com 145 mortes, totalizando 6.163 casos e 301 mortes desde o início da epidemia. Esses números representam uma incidência de 29,96 casos e 1,46 óbito a cada 100 mil habitantes nessa faixa etária, segundo o Sivep-Gripe”, informa o Butantan. Segundo a entidade, a SRAG associada ao Coronavírus possui como sintomas a tosse, obstrução nasal, coriza, febre, podendo evoluir para um quadro de insuficiência grave, gerando necessidade de  internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Sequela que pode levar à falência de órgãos

A SIM-P é considerada rara, mas é potencialmente grave, com imensa parte dos casos que acarretam necessidade de internação em UTI, visto que ela acomete diversas partes do corpo humano. “Os principais sintomas da síndrome são febre persistente, desconforto gastrointestinal, conjuntivite bilateral não purulenta, sinais de inflamação com muco e comprometimento cardiovascular, como miocardite (inflamação no músculo cardíaco)”, completa a assessoria.

“Até 27/11/2021, foram notificados no Brasil 2.435 casos suspeitos da SIM-P associada à Covid-19 em crianças e adolescentes de zero a 19 anos. Desses, 1.412 (58%) casos foram confirmados, e 85 evoluíram a óbito, segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde”, informa o Butantan.

Segundo o instituto, em 2020, 64% dos casos de SIM-P no Brasil no público jovem ocorreram entre crianças de 1 a 9 anos. “Entre as crianças hospitalizadas, a necessidade de internação em UTI ocorreu em 44,5% dos casos e a letalidade foi de 6%, cerca de cinco vezes superior à relatada nos Estados Unidos, conforme dados de um estudo sobre a síndrome feito pelo próprio Ministério da Saúde”, explica.

“Ainda em relação aos casos confirmados para SIM-P, em crianças de cinco a 11 anos, 65% apresentaram disfunções cardíacas na evolução do quadro clínico, o que incide em 1,91 caso de SIM-P com acometimento cardíaco a cada 100 mil crianças nesta faixa de idade, segundo informações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI-COVID) do Ministério da Saúde”, finaliza o Instituto Butantan.

Com informações do Instituto Butantan

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