O número de infectados pela Covid-19 no litoral do Paraná aumentou para 30.019 confirmações na sexta-feira, 30. Desse total, 16.604 pacientes já estão recuperados da doença na região. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) que emite diariamente os informes epidemiológicos sobre a situação da pandemia nos municípios do Paraná.
Na 1.ª Regional de Saúde (1.ª RS) de Paranaguá, o total de 16.604 recuperados do novo Coronavírus está composto por: Paranaguá (6.205); Guaratuba (3.639); Matinhos (2.033); Antonina (1.886); Morretes (1.312); Pontal do Paraná (1.073) e Guaraqueçaba (456).
Maurício Porrua, morador na Vila Freitas, em Morretes, é assistente administrativo do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Litoral do Paraná (Cislipa) e contraiu Covid-19 e dengue, juntamente com o filho. Ele conta como foram estes dias de isolamento até o período de recuperação, quando o paladar foi voltando e as dores musculares foram diminuindo. “É uma doença diferente que parece atacar as fraquezas de cada indivíduo, no meu caso e do meu filho ainda foi agravada porque contraímos dengue. Tivemos um atendimento muito rápido no Centro Covid que fica no Hospital de Morretes e com a medicação ministrada logo no início não tivemos graves comprometimentos nos pulmões, tivemos um pouco de falta de ar, uma fadiga, algo parecido com um cansaço elevado, a perda do olfato não me atingiu, mas o paladar sim, o gosto dos alimentos era muito ruim e acredito que, por estar com os dois vírus, tínhamos muita dor de cabeça a ponto de não conseguirmos dormir nem se alimentar, foram de 3 a 4 dias com febre muito alta, dores de cabeça muito forte, dores musculares que deixavam o corpo inteiro dolorido e uma elevada fraqueza a ponto de não conseguir nem andar de tanta dor. Após 15 dias nos recuperando, o sabor dos alimentos começou a voltar aos poucos e as dores musculares começaram a aliviar, ainda tenho algumas dores musculares, principalmente quando tenho que fazer algum esforço, tenho um amortecimento nas costas que demora algum tempo a passar”, descreveu.
Julia Toro Muñoz é engenheira agrônoma, mora em Paranaguá e, junto com seu esposo, contraiu a Covid-19 no mês passado. “Eu me contaminei no mês de março. O primeiro exame deu resultado negativo e o segundo, três dias depois, deu positivo. Meus sintomas foram de gripe (coriza e tosse seca) e garganta arranhando. Não tive febre ou outro sintoma que as pessoas comumente relatam. Depois do isolamento, entre 14 e 15 dias, o corpo sente um cansaço, uma fadiga. Caminhada e exercícios leves estão ajudando na recuperação”, relatou a paciente, que ainda sente dores nas articulações.
Matheus Medune Punhatoski é consultor de vendas e morador em Matinhos. Em seu depoimento, ele disse que seus pais também contraíram a Covid-19 no mesmo período e todos ficaram em isolamento por cerca de 14 dias. “Aqui na minha casa, não só eu peguei, como a minha mãe e meu pai também. Ficamos quase o mês de fevereiro inteiro em isolamento total, tudo começa com uma leve sensação de gripe, mas logo o paladar some, a dor no corpo começa a ficar pior, a respiração muda, mesmo não sentindo tanta falta de ar, era notória a diferença, a dor de cabeça é diferente. Nos piores dias até a claridade da televisão me incomodava e, mesmo após os dias que ficamos em isolamento, eu ainda sinto as consequências, meu fôlego reduziu muito, o cansaço é maior para as atividades, mesmo eu sendo novo e sem comorbidades, tive “sequelas”. Por isso cuidem-se, tenham empatia, fiquem em casa se possível e se sair, tomem todos os cuidados. Para quem ainda não pegou, tenha certeza que é muito mais agressivo do que você pensa”, alertou.
Eckline Cristine Costa de Oliveira é professora e mora no bairro Costeira, em Paranaguá. Ela relata como foi o período em que contraiu o vírus até o dia que se recuperou da doença. “Eu contraí o vírus no mês de julho de 2020. No começo até achei que fosse um resfriado, porém meu irmão testou positivo para a Covid-19 e devido a isso fiz o exame e já iniciei com a medicação, mas comecei a piorar. Passei por alguns dias com muito cansaço, dor forte nas costas, dor nas articulações, dor atrás dos olhos, sintomas semelhantes aos da dengue. Fiquei em torno de uns 50 dias dormindo sentada, pois à noite a falta de ar era muito grande. Fiquei de quarentena por 14 dias e no final do isolamento ainda tinha alguns sintomas, o médico pediu para refazer o exame e ainda assim o vírus estava presente. Isso foi até o mês de novembro quando realizei o último exame, quando o vírus não estava mais aparecendo no resultado. Por uns três meses tive muitos sintomas da Covid-19 e hoje em dia ainda tenho como, por exemplo, meu olfato ainda não está 100%. E, mesmo com os devidos cuidados, morro de medo de pegar novamente, pois muitas pessoas conhecidas já perderam suas vidas”, disse.
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