Coronavírus

Fiocruz reforça respaldo científico do intervalo de três meses na aplicação da AstraZeneca

Regime de 12 semanas permite acelerar campanha e proteção

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Tomana aérea da fachada e terraço do Castelo.

Durante esta semana, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsável pela produção da vacina AstraZeneca, que é utilizada na imunização contra a Covid-19 no litoral do Paraná e em todo o Brasil, reforçou o respaldo científico para o intervalo de três meses na aplicação da primeira e segunda dose do imunizante, algo que é feito nos sete municípios litorâneos. Segundo a fundação, a medida permite acelerar a campanha de vacinação contra o Coronavírus em todo o Brasil, ampliando a proteção a um número maior de pessoas, reforçando a efetividade do imunizante, inclusive para a nova variante delta. 

“A Fundação esclarece que o intervalo de 12 semanas entre as duas doses recomendado pela Fiocruz e pela AstraZeneca considera dados que demonstram uma proteção significativa já com a primeira dose e a produção de uma resposta imunológica ainda mais robusta quando aplicado o intervalo maior. Adicionalmente, o regime de 12 semanas permite ainda acelerar a campanha de vacinação, garantindo a proteção de um maior número de pessoas”, informa a Fiocruz.

Segundo a entidade, o “regime de doses adotado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) está respaldado por evidências científicas e qualquer mudança deve considerar os estudos de efetividade e a disponibilidade de doses”, complementa. “Até o momento, a vacina produzida pela Fiocruz tem se demonstrado efetiva na proteção contra as variantes em circulação no país já com a primeira dose”, informa.

Variante delta

Outro ponto destacado pela assessoria é com relação à variante delta. “Uma pesquisa da agência de saúde do governo britânico, publicada em junho, aponta que a vacina da AstraZeneca registrou 71% de efetividade após a primeira dose e 92% após a segunda para hospitalizações e casos graves. Os dados são corroborados também por um estudo realizado no Canadá, que apontou efetividade contra hospitalização ou morte, para a variante Delta, após uma dose da vacina da AstraZeneca de 88%”, informa a Fiocruz.

A Fiocruz destacou que reforça as orientações do PNI e de nota técnica conjunta da Sociedade Brasileira de Imunizações e da Sociedade Brasileira de Pediatria, que foi publicada na terça-feira, 13, defendendo  a manutenção do intervalo de 12 semanas da vacina AstraZeneca. A entidade afirma que  “permanecerá atuando na vigilância das variantes, bem como na produção de estudos de efetividade da vacina e de evidências científicas que possam continuar a subsidiar a estratégia de imunização no País”, finaliza.

Com informações da Fiocruz

Foto: Leonardo Oliveira/Fiocruz

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